Troca de plumagem de “Pirata”, “Cenourinha” e “Lilica”, aves que estão em reabilitação no Instituto Albatroz, na Região dos Lagos do Rio, confere cores e formatos diferenciados às peninhas do trio (que não é elétrico!)
O clima de Carnaval chegou ao Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) do Instituto Albatroz, em Araruama, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Três pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) em reabilitação no espaço estão em processo de troca de plumagem, conferindo ao trio (que não é elétrico!) “Pirata”, “Cenourinha” e “Lilica” um ‘quê’ de fantasia carnavalesca, com as peninhas ganhando cores e formatos diferenciados. O estilo ‘moicano’, adotado por “Lilica”, ficou um charme!
De acordo com a médica veterinária e responsável técnica da instituição, Daphne Goldberg, a primeira muda acontece com os animais juvenis, marcando a transição para a vida adulta. “É um processo pelo qual os pinguins passam para perder suas penas velhas, abrindo espaço para as novas. Na primeira muda, as aves trocam a plumagem juvenil, com padrão acinzentado, por uma plumagem característica de adultos, com as cores preto e branco bem definidas. Durante o processo, que dura de duas a três semanas, é comum os pinguins ficarem inchados, mal-humorados e sem apetite”, comenta Daphne.
A muda, porém, não acontece somente na transição da fase juvenil para a adulta. “Ela acontece todos os anos! Em vida livre, as penas de um pinguim são essenciais para mantê-los aquecidos e secos nas águas geladas do oceano. No entanto, com o tempo, essas penas podem ficar desgastadas ou danificadas. É por isso que o processo de muda é tão importante, ele permite que as penas cresçam novamente, mais fortes e saudáveis”, explica a veterinária.
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Sobre o Projeto de Monitoramento de Praias
O Instituto Albatroz executa o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Petrobras em Cabo Frio, Búzios e parte de Arraial do Cabo, somando 25 praias espalhadas por 54 quilômetros de litoral. O monitoramento é feito diariamente a pé e com o uso de quadriciclos por técnicos e monitores, responsáveis por relatar e resgatar a fauna marinha que chega à região, fazendo o transporte até o Centro de Reabilitação. A população também pode contribuir, acionando as equipes de monitoramento ao avistar um animal marinho vivo ou morto nas praias, através do telefone 0800 991 4800.
Além do PMP, o Instituto Albatroz também realiza o Projeto Albatroz, que tem patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e conta com um Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha em Cabo Frio.
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) foi desenvolvido para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural. A realização do PMP-BC/ES é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama.
Telefone de contato para acionamento do PMP-BC/ES na Região dos Lagos: 0800 991 4800.
Autora:
Graciê Croce