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Marrocos e Brasil, face ao tráfico de droga

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O Marrocos, geograficamente situado entre o norte da África, fronteira com europa e oceano atlântico, porta sobre a America do sul, enfrenta uma série de ameaças e desafios decorrente da ação dos tráficantes de drogas e narcotráficos, aumentando cada vez mais as atividades do crime organizado, da lavagem de dinheiro e corrupção,  facções radicais e separatistas, terrorismo, etnicidades e extremismo islamico, constituindo uma verdadeira fonte de renda aos grupos separatistas, Polisario, Al Qaida, Aqim, atuantes na região do sahel e saara, motivo da instabilidade, inseguridade, de exploração, de pobreza e sob-desenvolvimento socioeconômico.

O Observatório Francês de Droga e Toxicodependência, OFDT, e os centros nacionais do Observatório Europeu da Droga e  Toxicodependência (OEDT), a Agência da União Europeia, sede em Lisboa, traduziram nos relatórios deste ano 2023, as preocupações das ações de tráfico internacional, conexão das drogas ilícitas e toxicodependência, suas influências sobre as pessoas e estabilidades dos países em desenvolvimento.

Tais questões foram levantadas pelo Observatório Geopolítico de Droga (OGD), à margem do relatório internacional, sintetizando, o caso do Marrocos na fase da legalização do hachiche, erva cultivada e produzida no reino, a efeitos medicinais, 2021,  frente aos países exportadores no mundo, Argélia e Nigéria.

 Este relatório da OGD esclarece ainda sobre as áreas do tráfico de droga,  quanto aos países andinos,  triângulos do dourado, Tailândia, Laos, Birmânia, além da zona de Afeganistão, Paquistão e Irão.

Tal Observatório da Europa Central e Mediterrâneo, OGD, tratou ainda especificamente, da experiência do  Marrocos, atendendo aos laboratorios nacionais e intenacionais sobre a transformação da erva, Hachiche, como produtos medicinais e teropeuticos, uma vez que a  Nigéria enfrenta facções e grupos objeto da exploração ilegal e uso nas atividades criminosas.

Na América do Sul, caso do Brasil, levanta-se um problema de“narcoestados”, conexão complexa que envolve políticos, ex-militares, estados seus governantes nas atividades ilegais e criminosas.  Tal conexão com estados, caso da colômbia maior produtor da droga; Birmânia, como maior produtor mundial de ópio; Peru, principal produtor mundial de folhas de coca, pasta e cocaína;  Paquistão, segundo maior produtor mundial de heroína, além de Suriname, Haiti e Guiné Equatorial.

Tal situação leva a referir ao ponto crítico de conexão entre África, Ásia e América latina, e Marrocos como porta de entrada para o resto do mundo de drogas, Hachiche, dada experiência de produção visando as famílias de possessão de terras para cultivo desta erva, e a venda aos laboratórios científicos, no âmbito da legalização para efeitos legais e medicinais.

​A este título, o Marrocos envolve uma luta incessante face a conexão dos grupos terroristas,  ao mandado de detenção europeu (MDE), dos separatistas da polisario, dos radicais islâmicos ou de outras facções radicais, objeto de apreensão e detenção no Marrocos, na europa, na Ásia ou na América do sul.  

Esso é motivo do reforço da cooperação  internacional, de acordos e parcerias, em detrimento dos grupos destabilizadores de regimes politicos e sociais, de forma ilegal, via de drogas e trafico dos entorpecentes, da corrupção, da lavagem de dinheiro, utilizado assim como meio para se chegar ao poder, tanto na Africa, como na europa e América Latina.

O Marrocos, segundo o relatório, país turístico por excelência, mantém uma luta contra os fleios da pedofilia e prostituição, consequência da luta antidroga e conexão internacional que ameaça muitos países tanto na América do Sul,  Brasil, Colômbia, Peru, ou na África e Europa.

Caso de Marrocos, no âmbito da operação da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) e Europol, coopera com o Brasil, no domínio antidrogas, como um dos principais países ameaçado, devido ao aumento do tráfico de droga, da corrupção e do tráfico entorpecentes e órgãos humanos, muitos mandados de prisão emitidos pelos tribunais de estados,  Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,  face ao crime internacional, e conexão de Droga e tráfico dos entorpecentes pelo mundo.

O Brasil com o qual o Marrocos detém cooperação, no quadro  internacional, tem desmantelado uma série de tentativas de exportação, de dossiês extrajudiciais e extra fronteiras, bem como de pré investigações e interrogatórios dos grupos criminais de tráfico de drogas, de estrangeiros envolvidos no transporte internacional, na área marítima, Santos,  Rio de Janeiro, Belém, ou noutros estados do norte da Amazônia, conexão com países andinos, América Central, México e Europa.

Os traficantes no Brasil ou no norte da África compartilham certos tradições na comercialização e distribuição das drogas entorpecentes, em termos de deslocamento, de transporte em formas, engolido pilhas ou cápsulas no estômago, sobre animais,  veículos, ou caminhões até os portos seja na América do sul, Brasil, chegando ao Norte da África, antes da distribuição na Europa.

Para Marrocos, devido a sua geografia, mobilizado, compartilhe sua experiência com países produtores em prol da luta, face ao corporativismo, defendendo o produto terapêutico e paramedical,  diante de um projeto social e econômico, e as resistências, críticas provenientes da sociedade civil e jurisprudência, motivo do levantamento de interrogações sobre tal legalidade e ilegalidade ? bem como da produção do Hachiche, e diante da opinião internacional e das relações entre Brasil e Marrocos.

As últimas investigações e  informações das agências internacionais divulgaram via os meiso de comunicação a retenção de cerca de 48 milhões de dólares (449 milhões de Dh), provenientes deste tráfico de drogas.

As quadrilhas internacionais do tráfico de drogas, da América do sul,  são cada vez mais despontadas nos pontos das facções criminosas, no quadro da cocaína provenientes tanto de Peru, Bolívia e Brasil, via Marrocos para Europa.

O Brasil, suas autoridades, suas redes de TV Globo, e SBT não escondem tal Operação “Turfe”, um espécie de organização implantada no Brasil, Espanha, Paraguai e Emirados Árabes Unidos, pontos de conexão em termos da execução, mais de 20 mandados de prisão e 30 buscas contra organização da cocaína, preocupante, casos dos países produtores e receptores, tanto da América, como da África e Europa.

 Tais drogas destinadas para a Europa por via marítima, escondidas em contentores nos portos de Barcelona e Valência, onde vão ser logo, transportadas para outros países do Velho Continente

As autoridades brasileiras lutam para delimitar as consequências da droga sobre o país, cooperando com organismo internacional,  países face aos grupos de crime organizado e drogas, por um arsenal complexo, cujos membros detém uma logística sofisticada da lavagem do dinheiro, do meio de jogo popular, do Carnaval, do jogo de beixo, ou ainda de outras formas cada vez mais inovadoras, da renda, como jogo cavalos de corrida.

Finalmente, as operações face ao tráfico de drogas, não são de hoje, impactam o social e econômico, educação e formação, motivo da mobilização social, da Polícia Federal brasileira, que luta para a sensibilização, a troca de informação sobre prisão, detenção e investigação internacional, interpol, agências de luta sobre os impactos, as ameaças da conexão e da rota infiltradora e agravadora das relações, Marrocos, África, Brasil, Espanha, e outros países da América do sul.

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI
Professor investigador sobre assuntos da América do sul, Rabat, Marrocos

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