A oftalmologista Luiza Paulo Filho adverte sobre os riscos à visão
Está previsto para o dia 14 de outubro um eclipse solar anular, que ocorre quando a Lua está mais distante da Terra em sua órbita elíptica e, portanto, parece menor no céu.
Como resultado, durante um eclipse solar anular, a Lua não cobre completamente o disco solar, criando um anel de luz ao redor dela. Isso acontece porque a Lua não consegue bloquear totalmente a luz do Sol, deixando apenas um “anel de fogo” visível ao redor da Lua escura. Esse tipo de eclipse difere do eclipse solar total, no qual a Lua cobre completamente o Sol, obscurecendo totalmente sua luz.

Durante um eclipse anular, a fase de anel é visível em algumas partes da Terra, enquanto outras áreas podem experimentar um eclipse solar parcial, no qual a Lua cobre apenas uma parte do Sol. A visibilidade de um eclipse solar anular depende da localização geográfica e da posição relativa da Terra, da Lua e do Sol.
Olhar diretamente para o eclipse solar pode causar danos permanentes na retina, levando ao comprometimento visual. Com a proximidade do próximo eclipse solar, conversamos com a oftalmologista Luiza Paulo Filho para esclarecer algumas dúvidas e garantir a segurança da sua visão durante o evento. “O equipamento mais adequado para observar o eclipse anular são os óculos especiais com filtro solar vendidos na internet. Eles promovem uma barreira física entre os raios do Sol e os olhos do indivíduo. Outra alternativa interessante é a utilização de óculos de soldador número 14 ou superiores”, recomendou a oftalmologista.
Luiza Paulo Filho ressalta que, ao olhar para objetos, os focos de luz que entram em nossos olhos se concentram principalmente na mácula, a região mais nobre da retina. Portanto, se esses focos luminosos trouxerem índices elevados de radiação ultravioleta, seja ao olhar para o Sol ou para um eclipse anular, as células da mácula podem sofrer queimaduras, potencialmente levando à cegueira da visão central de forma permanente.
Mesmo com o uso dessas proteções, o ideal é observar o eclipse por períodos curtos e intercalados. Para cada 10 segundos admirando o eclipse, descanse os olhos por no mínimo 30 segundos. É importante destacar que, ao usar um anteparo escuro para observar o Sol ou o eclipse, as pupilas se dilatarão (midríase), permitindo que mais radiação ultravioleta entre nos olhos e atinja a retina. Portanto, certifique-se de que o filtro escolhido tenha a proteção UV adequada. A oftalmologista Luiza Paulo Filho finaliza, “se após o evento do eclipse, você notar uma mancha preta no centro da sua visão, é crucial buscar imediatamente um oftalmologista. Essa mancha pode indicar uma retinopatia solar, uma forma rara de dano à retina causada pela visualização direta da luz do Sol. Infelizmente, não existe tratamento que cure essa doença”.
Autora:
Viviane Alexandre