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Europa disponibilizará até 8,9 trilhões de dólares para empresas que seguem boas práticas de ESG: você sabe o que é isso?

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Foto: Freepik

Entenda como as práticas de ESG podem ser benéficas para a sua empresa

De acordo com o relatório divulgado pela PwC, até o ano de 2025, quase 60% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que seguem os critérios ESG, o que corresponde a 8,9 trilhões de dólares. A mesma pesquisa ainda aponta que entre os investidores institucionais que foram entrevistados, 77% deles afirmaram que pretendem parar de consumir produtos que não sejam ESG nos próximos dois anos.

Aqui no Brasil, a Morningstar e a Capital Reset identificaram que os fundos ESG captaram cerca de R$ 2,5 bilhões somente no ano de 2020.

Você sabe o que é isso? Continue a leitura a seguir e descubra!

O que é ESG?

A sigla ESG vem do inglês e significa “Environmental, Social and Governance”, que na tradução ao português corresponde a “Ambiental, Social e Governança”. O termo surgiu no ano de 2004 em publicação chamada “Who Cares Wins” (“Quem se preocupa vence”), do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, devido a uma provocação do secretário-geral da ONU a CEOs de grandes empresas a respeito da integração de fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais. Com o passar dos anos a ideia foi evoluindo e tornando-se uma preocupação mundial.

Quais são os três pilares do ESG?

Os três pilares para a implementação de práticas ESG são:

Ambiental

Refere-se a questões relativas ao meio ambiente, como por exemplo, o uso dos recursos naturais, a conservação da biodiversidade, a eficiência energética, as emissões de carbono e a gestão dos resíduos.

Social

O pilar social está relacionado aos impactos sociais da empresa na comunidade. Nele, as preocupações são relativas aos direitos humanos, a segurança no ambiente de trabalho, o envolvimento da comunidade e a diversidade e a inclusão.

Governança

O último pilar tem como objetivo aplicar questões referentes a como a empresa é administrada e gerenciada, de modo que se preocupa com transparência, responsabilidade e ética nos negócios.

Qual é a diferença entre sustentabilidade e ESG?

Apesar de para algumas pessoas sustentabilidade e ESG parecerem sinônimos, não o são.

De maneira simples de entender, o ESG trata-se de uma complexa visão que se preocupa com valores éticos, crescimento econômico, desenvolvimento sustentável, respeito ao meio ambiente e entre outros.

A sustentabilidade, por outro lado, preocupa-se tão somente com questões relacionadas ao meio ambiente e as suas consequências.

De certo modo, as ações de uma refletem na outra, embora o ESG seja mais abrangente que a sustentabilidade, sendo que ambas são essenciais para as organizações e sua reputação atualmente.

Quais são as empresas ESG no Brasil?

No Brasil, existem já diversas empresas que adotam critérios de ESG, que firmam compromisso com a inclusão entre os seus colaboradores, de modo a cultivar o bem-estar social. Dentre elas, podemos citar:

·        IUNGO;

·        EDP – Energias do BR;

·        Lojas Renner;

·        Telefônica Brasil;

·        CPFL Energia;

·        Natura;

·        Klabin;

·        Itaú Unibanco;

·        Ambipar;

·        Suzano;

·        Engie Brasil;

·        Bradesco;

·        Magazine Luiza;

·        Marfrig;

·        Grupo WEG.

O que é necessário para uma empresa ser ESG?

Para uma empresa ser considerada ESG, antes de mais nada, ela precisa entender quais são os seus impactos negativos na sociedade e procurar meios de agir sobre eles. O objetivo é minimizar os efeitos negativos e potencializar aqueles que são positivos, bem como buscar maneiras de equacionar os prejuízos que já foram provocados.

Para tal, existem dez princípios do Pacto Global que devem ser seguidos para que a empresa seja considerada ESG. Confira quais são eles:

·        Respeitar e apoiar os direitos humanos;

·        Assegurar que a empresa não viole os direitos humanos;

·        Apoiar a liberdade de associação e reconhecer o direito à negociação coletiva de seus empregados;

·        Eliminar formas de trabalho forçado;

·        Erradicar todas as formas de trabalho infantil;

·        Estimular práticas que eliminam toda e qualquer forma de discriminação no trabalho;

·        Assegurar práticas que adotem abordagem preventiva, responsável e proativa quanto ao meio ambiente;

·        Desenvolver e disseminar práticas sobre a responsabilidade socioambiental;

·        Incentivar o desenvolvimento e a propagação de tecnologias com responsabilidade ambiental;

·        Combater todas as formas de corrupção.

Seguindo esses princípios, a empresa é considerada ESG. Para que esses protocolos se iniciem, uma dica valiosa é a implantação de um comitê ESG, que estudará e trará métodos de adoção e adequação da empresa às práticas de ESG.

Autor:

Alcindo Batista

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