O amor. Objeto de estudo de poetas, a presa dos destemidos e temido pelos ansiosos. O amor é lindo, ele sempre se apresenta da sua melhor maneira. Ninguém nunca sabe quando virá, só vem, aparece quando quer e vai embora assim, a bel prazer, simplesmente porque lhe convém.
O amor é uma flor. Uma flor plantada com cuidado, regada e vigiada dia e noite pra ver quando irá brotar. Na natureza, há flores que demoram dias, semanas e até meses para desabrochar.
Algumas aparecem somente em determinadas estações do ano, passam alguns dias e depois somem para reaparecer no próximo ano, deixando os seus apreciadores com os corações ansiosos.
Assim é o amor. O amor diz que não, mas ele tem seus favoritos. Ele se faz de desentendido, mas planeja tudo com muita antecedência. O amor é um risco e amar é um perigo. E eu tenho medo, muito medo. Muitos se dizem desavisados, mas o amor deixa claro logo de início, escreve em letras maiúsculas o seu aviso: O AMOR PODE ACABAR. Pode acabar na morte ou na solidão, mas queira ou não, ele pode acabar.
Esta última afirmação, porém, é considerada inexata por muitos. Porque afinal, nem o tempo, nem a presença ou a falta, a vida ou a morte, brigas ou risadas, nem mesmo a lógica pode acabar com um sentimento tão forte, que um dia fora gerado no coração vitimado. Foi Vinicius quem melhor colocou quando disse: “Que não seja imortal, posto que é chama, Mas que seja infinito enquanto dure.” E assim, apesar das incertezas do amor, dos riscos envolvidos e das perigosas condições insalubres, nós ainda escolhemos amar. De fato, sempre escolhemos – o amor.
Autor:
Eduardo Lira
Ótimo artigo!!