O caso das joias da família Bolsonaro presas pela Receita Federal é mais um capítulo na longa lista de práticas ilícitas e suspeitas envolvendo a família do presidente brasileiro. Desde antes da eleição, surgiram denúncias de nepotismo, corrupção e ligações com milícias, mas até agora poucas foram devidamente investigadas e punidas.
O fato de as joias apreendidas estarem avaliadas em mais de 1,6 milhão de reais é apenas mais uma evidência do padrão de vida luxuoso e desproporcionalmente caro mantido pela família Bolsonaro. Isso é particularmente preocupante quando se considera que grande parte da base eleitoral do presidente é composta por pessoas que vivem em situações precárias e lutam para sobreviver com baixos salários e serviços públicos de má qualidade.
Além disso, o caso das joias expõe a relação perigosa entre a família Bolsonaro e o empresariado brasileiro. Segundo relatos, as joias foram presenteadas ao presidente e seus filhos por empresários interessados em obter favores políticos. Isso é uma prática comum no Brasil, onde a corrupção é generalizada e muitos políticos usam seus cargos para enriquecer ilicitamente.
Ainda mais preocupante é o fato de que a família Bolsonaro parece estar se utilizando do restante de poder presidencial que ainda resta, para proteger seus interesses pessoais. Em vez de colaborar com a investigação da Receita Federal e explicar a origem das joias, o presidente e seus filhos entraram com um recurso na justiça para tentar impedir a divulgação dos detalhes do caso. Isso levanta suspeitas sobre o que mais a família Bolsonaro tem a esconder.
Por fim, o caso das joias da família Bolsonaro é um exemplo claro da falta de transparência e prestação de contas que caracterizam o ex-presidente e seu clã. É inaceitável que um tão recente ex-presidente e seus filhos possam receber presentes de valor exorbitante sem explicar a origem do dinheiro e a relação com os doadores.
Em suma, o caso das joias da família Bolsonaro é mais uma evidência da falta de ética e transparência que permeia a família do “minto”, (com “n”, mesmo).
Autor:
Anderson L. Gonzalez;
Pedagogo e mestrando em Educação.
Excelente colocação. Parabéns ao autor, Anderson.