Inteligência emocional é ferramenta para atrair novas gerações de líderes

Evento reúne lideranças para debater gestão emocional aplicada aos negócios, nesta terça-feira (21), em São Paulo

Com o domínio do mercado de trabalho pelos millennials – responsáveis por ocupar 50% dos postos de trabalho no Brasil – e com a chegada da geração Z, que ocupa 20% dos cargos no mundo todo, os profissionais têm mostrado uma mudança de percepção em relação à liderança. Uma pesquisa realizada pela Harvard Business Review, mostra que em vez de buscarem chegar ao topo da hierarquia corporativa, essas gerações estão procurando um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, bem como um senso de propósito em suas carreiras. 

Para debater esse equilíbrio entre o papel da liderança e o bem-estar das pessoas que exercem essa função,  a AsQ – especializada em saúde para empresas – produziu um curso voltado a esse público. Quem ministra as aulas do curso “Gestão emocional aplicada aos negócios” é a consultora de RH Brenda Giuriolo. O conteúdo será disponibilizado no AsQ Mind, plataforma de educação da AsQ. O lançamento do conteúdo será feito nesta terça-feira (21/3), no Humor Lab, em São Paulo, durante o AsQ Meet. O evento reúne lideranças de RH de grandes empresas para um debate sobre o tema. 

O propósito do evento é sensibilizar os profissionais de RH sobre a importância de treinar líderes e empresários para administrarem suas emoções. Esses profissionais devem prever que o fato dos mais jovens considerarem os cargos de liderança como espaços de muita pressão e desgaste emocional reserva um grande desafio para o futuro. Portanto, a capacidade de lidar com as emoções é essencial para que as atuais lideranças sejam capazes de se autogerenciar e, de certo modo, convencer as novas gerações a ocuparem esse espaço, que inevitavelmente deve ser tomado.

Para o CEO da AsQ, André Machado, essa mudança na mentalidade dos colaboradores pode ser vista como uma oportunidade para as empresas se concentrarem em desenvolver líderes que possuam alta inteligência emocional. “Isso não significa que as empresas devem desistir de seus objetivos de negócios. Pelo contrário, desenvolver líderes melhores pode ajudar a criar um ambiente de trabalho positivo e colaborativo, o que é essencial para o sucesso a longo prazo das empresas “, completa André.

Brenda Giurollo reforça que essa não é somente uma questão de saúde. Inteligência emocional envolve a percepção de como as pessoas se sentem no ambiente de trabalho e isso impacta no engajamento e na produtividade de toda a equipe. Ela ajuda o negócio a prosperar e melhorar as relações como um todo. De acordo com a especialista, aqueles que não têm essa habilidade podem se tornar líderes excessivamente críticos, rígidos e difíceis de se comunicar, o que pode deixar uma equipe desmotivada e insatisfeita. “Por outro lado, os líderes que possuem alta inteligência emocional são capazes de criar um ambiente de trabalho positivo, inspirando e motivando seus funcionários. Assim, são capazes de se comunicar efetivamente e entender as necessidades de sua equipe “, diz a consultora. 

Autora:

Giovanna Olivo