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Uma das melhores experiências que tive nos últimos anos, foi no auge da pandemia, quando recebi um convite para ministrar uma aula de yoga para funcionários de um hospital.

Comentei em uma das minhas primeiras crônicas, que por certo tempo; dividi o tempo no meu trabalho habitual durante o dia, e após o expediente tinha uma pequena sala de yoga.

Depois de um período, não consegui conciliar as duas atividades; e passei o meu espaço para outras pessoas, mantendo algumas aulas apenas em casa, numa parte do quintal destinado para isso. E na pandemia, foquei apenas na minha prática pessoal.

Mas um dia recebi um contato de uma funcionária do hospital, que me conhecia por ter frequentado algumas aulas comigo; dizendo que o pessoal estava muito desgastado e estressado, e acreditava que naquele instante poderia ajudar se tivesse pelo menos um momento de prática com os mesmos.  

Tenho uma admiração muito especial pelas pessoas que trabalham nos hospitais. É um trabalho normalmente não muito bem remunerado, e que exige grande dedicação e doação ao próximo. Eu vejo essa atividade como uma espécie de dom!

O local escolhido foi um gramado nos fundos do terreno do hospital. Me lembro da expectativa com que me preparei para aquele dia, pensando principalmente, além das posturas, em alguma pequena meditação e mensagem que eu pudesse compartilhar.

E escolhi a “Meditação da Bondade Amorosa”, uma técnica que transcrevi de um livro que li há muitos anos (A Senda do Yoga / Maria Laura Garcia Packer).

E como parte da prática que conduzi ali com alguns funcionários do hospital, proferi essas palavras:

“Olhe para você mesmo, aceite-se assim como você é, traga você mesmo para dentro do solo do seu coração e diga silenciosamente:”

“Que eu possa ser feliz e sereno. Que eu possa ser livre do medo e da dor. Que eu possa viver no amor e na compaixão. E que eu possa despertar a minha natureza divina e ser livre.”

 “Pense agora naquela pessoa com quem você necessita se harmonizar:”

“Que você possa ser feliz e sereno. Que você possa ser livre do medo e da dor. Que você possa viver no amor e na compaixão. Que você possa despertar a sua natureza divina e ser livre.”

“Pense em todas as pessoas que você ama e que fazem parte da usa vida, traga-as para dentro do solo do seu coração e repita silenciosamente:”

“Que vocês possam ser felizes e serenos. Que vocês possam ser livres do medo e da dor. Que vocês possam viver no amor e na compaixão. E que vocês possam despertar a sua natureza divina e serem livres.”

“Então, pense em todos os seres, em todos os cantos do mundo e em todos os tempos, traga-os para dentro do solo sagrado do seu coração e repita mentalmente:”

“Que todos os seres possam ser felizes e serenos. Que todos os seres possam ser livres do medo e da dor. Que todos os seres possam viver no amor e na compaixão. E que todos os seres possam despertar a sua natureza divina e serem livres.”

Essas palavras resumem muito do que sinto e desejo para mim e para as pessoas.

Agradeço a redação do Jornal Tribuna pela oportunidade de me expressar, e a todos os leitores que me deram a honra de acompanhar essa pequena série de crônicas.

Um grande abraço a todos! Vou levar essa experiência para sempre!

Autor:

Edivaldo Santin

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