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Marrocos e Estados Unidos: terrorismo no Sahel-Saara

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Neste mês de fevereiro de 2023, Marrocos tem recebido duas delegações, a primeira foi uma delegação da América do sul, composta de senadores e deputados, do Uruguai. Objetivo tomar conhecimento de nível do desenvolvimento que conhece as províncias do Saara marroquino. Diante de um diferendo regional, iniciado em 1975, entre a frente da Polisário, apoiado por Argel, e Marrocos, cujo plano de autonomia proposto visa a acabar com este problema definitivamente.

A segunda delegação, envolve o diretor do Escritório das Investigações Federais (FBI) dos Estados Unidos, Christopher Wray,  e Raymond Duda,  responsável do Departamento das Operações Exteriores, cujas audiências com seus homólogos marroquinos, no quadro de uma cooperação no domínio da segurança, visando a estudar as estratégias, capazes de lutar contra os grupos extremistas no Sahara e Sahel, em frente às milícias da Polisario, apoiadas por Argel, contra a integridade territorial de Marrocos.

Num comunicado, o Diretor-Geral de Segurança Nacional e controle Territorial Nacional, Abdellatif Hammouchi, principal homem na segurança do reino, estrategista no domínio da segurança nacional reúne-se com Christopher Wray, diretor do Escritório Federal de Investigação, que coordena as futuras atividades objeto de lutas contra os grupos terroristas, tráfico de drogas e armas.

Perante isso, a coordenação americano-marroquina foi criada neste contexto específico, cujo tático operacional contitui uma abordagem integrada, assunto das ameaças da segurança nacional e proteção territorial.

Este encontro do responsável norte-americano, com o diretor da segurança nacional, sr Hamouchi foi também uma oportunidade  para tratar de questões de treinamento e formação na área da segurança nacional, bem como as formas de traduzir o novo protocolo de cooperação entre Rabat e Washington, de forma a harmonizar as ações e experiências, dados os riscos de segurança, sobretudo nas fronteiras, leste sul, ou norte-este, consequência da falta de uma gestão conjugada, capaz  de consolidar as instituições e impedir qualquer movimentação dos grupos de tráfico de drogas, de armas e seres humanos.

Mais uma vez, esta nova abordagem de cooperação militar e segurança ( Estados Unidos e Marrocos), visa a criar um sistema de segurança nacional adequado a situação marroquina e americana, cuja dimensão territorial depende desta cooperação, envolvendo a região do Sahel e Saara, onde se assiste o declínio da  força francesa, ator indesejável na região, depois de muitos arrastos e problemas de segurança, mostrando-se incapaz de mudar o seus planos coloniais, prejudicando a estabilidade e soberanias de alguns estados africanos.

Isso tem aumentado muito a violência, desordem e colapsos, além das guerras confessionais, raptos de ocidentais, guerrillas, e crimes organizados e assassinatos, por parte de grupos separatistas no sahel-saara.

Assim, a nova visão de coordenação de segurança e defesa entre as instituições marroquinas e suas congéneres americanas levam em consideração esta nova situação, atendendo a estes objetivos, do novo mapa da presença marroquino-americana na região do Sahel e Sahara, tornando o Rabat a pedra angular da equação de segurança e estabilidade política na região.

Finalmente, esta nova aproximação de Rabat com os Estados Unidos no domínio da segurança visa a capacitar e treinar as equipas de segurança nacional, dado contexto de separatismo internacional , ameaçando e desafiando a ordem pública, sobretudo os grupos terroristas, em frente polisario, milícias espalhadas o terror no resto do continente. Isso, mais uma vez, motiva do Marrocos procurar reforçar a sua  proteção em termos de segurança nacional, aumentando o seu arsenal, compra de drones israelenses, realizar operações de segurança na região, cada vez mais reforça a frente do Marrocos, dadas renovadas mudanças geoestratégicas da região do Sahel e Saara, em termos de transformações, das razões históricas, coloniais inválidos, sem motivo de existir no meio das transgressões transcontinentais.

 Autor:

Lahcen EL MOUTAQI. Professor universitário-Rabat- Marrocos

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