Nesta aldeia cibernética repleta de influenciadores digitais[i] e cercada por algoritmos por todos os lados estamos nós; e quando digo nós, refiro-me à massa de indivíduos que diuturnamente vivem sendo alvos de críticas, notícias falsas, alardes e demais intempéries. Em primeiro plano temos os rótulos[ii]. Sim, porque hoje todos somos rotulados, mesmo não sabendo disso; rotulam-nos como sendo de esquerda, de centro ou de direita; dizem que ou somos fascistas ou antifascistas; homofóbicos ou heterofóbicos; que somos racistas ou antirracistas; ou seja: precisamos ser rotulados, mesmo não desejando sê-lo, pois para a mídia social comprometida com seus próprios interesses precisamos ter posições, ou, caso contrário, seremos relegados ao esquecimento[iii].
Autor:
Antônio de Jesus Trovão