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sexta-feira, 19 de julho de 2024

Fungo e sustentabilidade: como a produção de proteínas mush-based pode ajudar a reduzir o impacto no meio ambiente?

Alimentos à base de fungos, como o micélio, utilizam menos água e terra, além de  emitir menos CO² durante a produção

Setembro de 2023 – Estima-se que existirão 10 bilhões de pessoas vivendo no planeta até 2050. Com cada vez mais pessoas a alimentar e um aumento das crises ambientais e desastres naturais, tornou-se indispensável pensar em novas formas de produzir alimentos.

A indústria de proteínas alternativas é uma das mais engajadas nesse sentido, sendo os produtos plant-based (à base de plantas) os mais populares até então. Apesar dos avanços, os plant-based encontram problemas para serem mais sustentáveis, como a baixa escalabilidade de produção, a alta adição de ingredientes ao produto final e o custo. Por isso, existe uma dificuldade na inclusão destes alimentos na dieta diária dos brasileiros, fazendo com que os prejuízos ambientais continuem acontecendo.

Pensando nisso, já existem empresas que estão investindo em outras fontes de proteína alternativa. Assim, surgiu a categoria mush-based (à base de fungos), que tem mostrado inúmeras vantagens em relação não só ao consumo de proteína animal, como também ao do plant-based. O protagonista da proteína mush-based é o micélio, que é a estrutura fibrosa de um fungo (ou o que podemos chamar de “raiz do fungo”). Ele permite criar cortes de proteínas com textura e sabor muitos similares à carne animal, fazendo com que a substituição na dieta seja mais natural.

Em relação ao impacto ambiental, a produção de alimentos mush-based utiliza consideravelmente menos terra, devido ao processo que usa biorreatores verticais, similares aos da produção de cerveja. Além disso, o uso de água também é menor se comparado à produção de proteínas animais e vegetais, sendo 99% menor do que a carne bovina com 98% menos emissão de gás carbônico. A produtividade protéica, por outro lado, é expressivamente superior, sendo 6115 vezes maior do que a da carne bovina e até 7055 vezes maior do que a da soja.

No Brasil, a Typcal, uma foodbiotech voltada para o consumo saudável e sustentável, é a primeira no desenvolvimento de produtos mush-based a partir do micélio para a alimentação. A marca investiu em uma tecnologia de fermentação proprietária e lança, neste semestre, o primeiro corte de frango 100% à base de micélio. Com isso, a substituição da carne animal para a carne à base de micélio se torna uma realidade cada vez mais próxima, com potencial para estar na mesa de todo brasileiro em um futuro próximo.

Sobre a Typcal:

A Typcal é uma foodbiotech voltada ao consumo saudável. Criada em 2019 como 100 Foods, a startup fez a primeira rodada de captação anjo em abril de 2020. Nos dois anos seguintes, expandiu a atuação para outros territórios e desenvolveu a linha de produtos análogos à base de plantas. Em 2022, a empresa finalizou a rodada seed e fez um rebranding, com a mudança de nome e visual. Diante da nova estratégia, Bernardinho e Bruninho passaram a integrar a empresa como sócios. Em 2023, a empresa está trazendo ao mercado uma nova tecnologia de fermentação de micélio (fungo comestível) – inaugurando a categoria mush-based no Brasil.

Autor:

Juan Perez

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