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domingo, 24 de novembro de 2024

Importância da orientação e do acompanhamento no uso de plantas medicinais

O uso das plantas medicinais para tratamento ou melhora de enfermos se confunde  com a própria História, refletindo um ato tão antigo quanto a existência das civilizações. As  aplicações são diversas e nos dias atuais, com auxílio da ciência, observa-se a transição do  conhecimento popular para comprovações científicas. 

 Muitas plantas produzem substâncias com estruturas complexas, utilizadas inclusive  como mecanismos de defesa contra predadores, mas também com potencial terapêutico. É  importante salientar que nem todas são de interesse farmacológico, mas alguma serão  explicitadas a seguir. 

 A arruda, por exemplo, era utilizada na Grécia como potente antídoto contra venenos  e Leonardo da Vinci e Michelangelo afirmavam que ela melhorava os sentidos criativos. Hoje,  sabe-se que tem ação antiespasmódica, carminativa, anti-helmíntica, entre outras, com  indicação para reumatismo, nevralgia, incontinência urinária e verminoses. Porém, seu uso  precisa ser orientado por profissional especializado e capacitado, pois pode causar  hemorragia grave em caso de superdosagem, entre outras situações graves. 

 A camomila é muito utilizada como calmante, sozinha ou associada a melissa e a  valeriana, mas apresenta um leque de indicações e ações, dentre elas: antiespasmódica,  cicatrizante, antisséptica e anti-inflamatória. Também precisa de acompanhamento para  utilização, sendo contraindicada na gestação, por exemplo. 

 O hibiscus, difundido pelas ações laxativas leves, diurética, antiespasmódica e  digestiva, antihipertensiva e calmante, deve ser empregado com precaução por pacientes  com problemas cardíacos, pois favorece a eliminação de eletrólitos, podendo levar a  deficiência cardíaca. É mais um caso de cuidado na gravidez, tem certa ação mutagênica,  identificada em estudos preliminares. 

 Ficam evidentes as indicações terapêuticas benéficas das plantas medicinais, mas  também, os riscos do uso sem avaliação e acompanhamento adequados. Não significa que  por serem consideradas “naturais”, não possam causar malefícios à saúde. 

Autores:

Pedro Mora 
Mariana R. Camolezzi 

Curso de Farmácia, Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – UNIFEB

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