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sábado, 27 de julho de 2024

Smartphones Android poderão ser usados para pedir socorro via satélite

Os usuários do iPhone 14 podem pedir socorro via satélite em situações de emergência, mesmo em áreas onde não há sinal de celular.

Para implantar esse serviço, a Apple investiu US$ 450 milhões na Globalstar, operadora de uma constelação de satélites, que ao receber um SOS vindo de um iPhone 14 transmite-o para estações terrestres localizadas ao redor mundo. Essas estações, por sua vez,  encaminham o pedido de socorro aos serviços de emergência. Atualmente, essa funcionalidade está disponível apenas na Europa e na América do Norte.

Agora, a fabricante de chips Qualcomm e a operadora de satélite Iridium, anunciaram um acordo para disponibilizar serviços similares aos usuários de novos smartphones Android premium, ainda em 2023.

A Qualcomm está chamando seu serviço de Snapdragon Satellite, o qual permitirá não apenas mensagens via satélite para uso emergencial, mas também o uso de mensagens SMS e a utilização de outros aplicativos de mensagens. A Qualcomm diz que a ideia não é restringir o uso da tecnologia às situações de emergência, mas também viabilizar o uso de smartphones em locais remotos e em alto mar, além de, no futuro, permitir que notebooks, tablets e dispositivos componentes da internet das coisas também a usem.  

A constelação Iridium é composta por 66 satélites, permitindo que o novo serviço seja utilizado em todo o planeta, desde que o smartphone possa ser apontado para o céu.

Ainda não se sabe se os usuários do serviço precisarão pagar por ele; essa será uma decisão de cada operadora de telefonia celular – a Apple oferece o SOS de emergência gratuitamente por dois anos.

A parceria entre a Iridium e a Qualcomm reflete uma tendência no sentido de ampliar a utilização de conjunta de dispositivos móveis e redes com tecnologia de satélite: a T-Mobile fez parceria com a SpaceX visando usar seus satélites Starlink para fornecer cobertura em áreas remotas onde não serviço de celular. Já a Verizon, está desenvolvendo projeto similar em parceria com a Amazon, utilizando a constelação Kuiper, que esta vem desenvolvendo.

Trabalhos como estes confirmam que a integração de tecnologias usualmente gera muita sinergia. 

Autor:

Vivaldo José Breternitz.  Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas

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