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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Millennial é tão suscetível a golpes virtuais quanto idosos

Quando se trata de segurança digital, especialmente quando se trata de transações bancárias ou aplicativos bancários, é natural pensar que os mais jovens correm menos riscos do que a população com mais de 75 anos. No entanto, tal suposição pode ser baseada em uma suposição falsa, pois ambas as gerações estão expostas a riscos semelhantes, conforme demonstrado por uma pesquisa da LexisNexis Risk Solutions, uma empresa global de análise e dados. Esta pesquisa identificou um aumento de fraudes digitais envolvendo transações financeiras virtuais entre pessoas de 18 a 24 anos, classificadas como geração do milênio, e acima de 75 anos.

Não que tenha havido redução do número de casos nas demais faixas etárias, mas os registros mostraram picos para esses dois perfis. No ano passado, em comparação com 2020, houve um aumento de 31% nas fraudes entre o grupo mais jovem e um aumento de 26% entre os mais velhos. Mesmo assim, os idosos têm maiores perdas porque sua riqueza e renda são maiores.

Para chegar a essa conclusão, o estudo analisou 5 bilhões de transações financeiras em 2021. Desse equivalente, cerca de 66% foram no Brasil, revelou a LexisNexis. Esses números incluem transações com bancos, redes de varejo, serviços de streaming, plataformas de e-commerce e companhias aéreas.

Uma dúvida sustentada pelos resultados da pesquisa é como é possível que pessoas com tamanha diferença de idade possam enfrentar os mesmos problemas no universo digital. Para o engenheiro de software e diretor de negócios da Most Specialist Technologies – empresa especializada em sensoriamento de imagens e soluções de dados por meio de tecnologias de inteligência artificial e assinatura digital – o que desencadeia a situação é o comportamento oposto em relação a cada geração, mas há apenas um motivo. : mau uso da internet.

“O que posso dizer sobre isso é que ambas as gerações não estão tomando as precauções necessárias na Internet e os fraudadores estão usando esse abuso para aplicar armadilhas infalíveis. Enquanto um grupo tem dificuldade em entender os métodos, limitações e fluxo da Internet, o que leva à sua exposição indesejada, o outro tem muita facilidade e se superexpõe. Para ambos, no fundo, há sempre um problema de exposição virtual”, explica o especialista.

Maria Cristina deixa claro que são os mais novos que estão causando o desinteresse pela segurança. “Eles estão bastante acostumados com a internet e já pensam que a casa é deles. Posso dizer que é uma cultura de exposição. Eles compartilham informações pessoais, mostram documentos em transmissões, divulgam registros importantes, e essa aparência de informação é um prato cheio de fraudadores”, argumenta.

Com os mais velhos, os golpes são principalmente sobre persuasão. “Os fraudadores são inflexíveis em enganar as pessoas mais velhas. Principalmente por sua fragilidade, essas gangues de fraudadores criam cenários e circunstâncias envolvendo entes queridos e usam os celulares dessas pessoas para fazer empréstimos, transferências e compras sem o consentimento delas”, alerta o diretor de negócios da Most Specialist Technologies.

Por outro lado, além dos riscos de fraude, também existem tecnologias que podem minimizar a atividade criminosa. “A inteligência artificial tem servido de suporte para a construção de sistemas de alta tecnologia capazes de verificar a autenticidade de documentos oficiais de milhões de usuários e observar em um instante se há discrepâncias na identificação. O Face Match, por exemplo, uma tecnologia que combina o rosto de um usuário com a imagem de um documento, é bastante dissuasor contra pessoas que abusam de dados de terceiros”.

O especialista explica ainda as tecnologias disponíveis que complicam a vida dos criminosos e contribuem para uma maior segurança para os usuários de aplicativos e dispositivos virtuais. “Também temos uma medida Conheça seu Cliente, chamada KYC ou ‘Know Your Client’ em português. Esse kit pode ajudar a identificar e proteger vítimas com perfis mais vulneráveis ??e, sobretudo, preencher um banco de dados cada vez maior com informações detalhadas sobre criminosos e potenciais fraudadores que atuam não apenas contra instituições financeiras, mas também contra empresas de todos os portes.

Grande parte dessa agenda está diretamente ligada à pandemia de Covid-19, que acelerou os processos de digitalização. Maria Cristina confirma essa hipótese e também confirma que as empresas estão investindo cada vez mais para proteger os criminosos dos riscos de seus clientes.

Autor:

Willians Fiori

Especialista em longevidade desde 2003
Membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Membro da Sociedade Brasileira de Gerontotecnologia
Professor docente da pós graduação em Geriatria & Gerontologia/ Mercado saúde  no  Hospital Israelita Albert Einstein
Professor docente FMUSP – Saúde Publica e manejo de pacientes longevos
Criador do grupo de estudos sobre longevidade envelhecimento 2.0
Host e criador do Gerocast Podcast
reconhecimento com selo direitos humanos da prefeitura de São Paulo
reconhecimento festival fiss ONU Latin America

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