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domingo, 25 de agosto de 2024

Como as marcas se reinventaram em 2023?

Desafiador é a palavra que melhor define o ano de 2023. As marcas enfrentaram um cenário turbulento em diversos aspectos, com conflitos globais e crises no setor de tecnologia, o que as obrigou a passar por rápidas adaptações para conseguir lidar com as mudanças do mercado. Nesse contexto, a capacidade de se reinventar de maneira ágil se mostrou ser um enorme diferencial para a sobrevivência e crescimento dos negócios. Um relatório da Accenture apontou que 65% dos líderes concordam que estão encarando o ambiente operacional mais difícil de sua história, e 77% estão seguros com relação a sua capacidade de acelerar o crescimento durante uma crise econômica.

Uma das principais ações das empresas esse ano foi intensificar o comércio digital. Companhias que antes dependiam majoritariamente das vendas presenciais expandiram suas operações online, implementando estratégias digitais mais eficazes para melhorar o relacionamento com os clientes e aumentar a presença e popularidade nas redes sociais, como TikTok e Instagram.

A hiperpersonalização se mostrou como um pilar fundamental para a fidelização do público, e as marcas se debruçaram em estratégias para se aproximar e compreender os consumidores. Segundo levantamento da Forrester, 41% das empresas que implementam uma abordagem centrada no cliente experienciam um aumento de receita de mais de 10%.

O investimento em tecnologias de análise de dados e inteligência artificial são essenciais para alcançar esse cenário de entendimento profundo dos consumidores, pois só assim é possível oferecer produtos e experiências mais alinhadas com suas necessidades e preferências. Como resultado, há um engajamento mais forte e conexões mais profundas.

As práticas ESG também receberam uma atenção especial em 2023, e foram fundamentais para as iniciativas de reinvenção das empresas. Com a crise climática causando danos globalmente, a consciência ambiental precisou entrar para a lista de prioridades e levou as organizações a adotarem ações mais responsáveis e sustentáveis. Atrelado a isso, cresceu também o interesse do público por companhias que demonstraram preocupações genuínas com questões ambientais e se movimentaram nesse sentido, como mostram dados do Índice do Setor de Sustentabilidade 2023, que apontam que mais de 50% da população já opta por não consumir de marcas que não investem em sustentabilidade ou que dispõe de condutas percebidas como prejudiciais ao meio ambiente e à sociedade.

Outro ponto importante foi a flexibilidade. As corporações focaram e seguirão mirando em estratégias internas que permitam com que elas sejam mais ágeis e adaptáveis às mudanças repentinas e constantes do mercado, justamente para que não sofram tanto quando o cenário inevitavelmente mudar novamente. A inclusão de estratégias de curto prazo e rápida tomada de decisões nos planejamentos permitiram às companhias se ajustarem mais rapidamente às demandas dos consumidores, oferecendo soluções inovadoras e mantendo-se relevantes em um ambiente dinâmico.

Em resumo, as empresas que se reinventaram em 2023 focaram seus esforços em inovação, sustentabilidade e relacionamento – estratégias que se tornaram essenciais para prosperar em um mercado em contínua evolução. De acordo com um outro estudo da Accenture, as organizações que planejam utilizar IA de última geração e métodos computacionais avançados possuem 2,6 vezes mais chances de ampliar a receita em 10% ou mais em comparação com aquelas que não possuem projetos nesse sentido. Para 2024, além dessas agendas, a adaptabilidade e a participação em ecossistemas digitais serão fundamentais não apenas para a sobrevivência e o sucesso dos negócios, como também para o desenvolvimento da sociedade como um todo.

Autor:

Mateus Magno é CEO da Sambatech

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