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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Fundos imobiliários disparam com a Selic em queda

O mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (FII) vive um momento de forte valorização, impulsionado pela expectativa de um ciclo contínuo de cortes na taxa Selic. A projeção de juros mais baixos no futuro tem estimulado a migração de capital da renda fixa para ativos de maior risco e potencial de retorno, levando o principal indicador do setor na Bolsa, o IFIX, a renovar sua máxima histórica.

A performance positiva reflete a mudança no ambiente macroeconômico, um movimento que o setor esperava desde que o Banco Central iniciou a redução dos juros. Analistas apontam que a alta é um claro reflexo da atratividade que os FIIs recuperam em um cenário de menor custo do crédito. O economista Charles Mendlowicz, sócio da consultoria Ticker Wealth e fundador do canal Economista Sincero, reforça que o momento é extremamente favorável para quem busca se posicionar.

“O mercado de fundos imobiliários já está no radar, muitos já subiram, mas eu ainda acredito numa alta”, afirma o economista. Mendlowicz explica a lógica por trás do movimento: “A Selic elevada tira a atratividade dos fundos imobiliários e, agora, com a possibilidade de uma queda da Selic, na realidade, a gente deve ter um aumento das cotas”.

Antecipação e o risco de perder o “melhor da rentabilidade”

Segundo um estudo da XP, aplicar em FIIs até 12 meses antes de queda da Selic eleva o retorno em até 8,8% ao ano. “A antecipação é fundamental para o investidor, o coloca em uma janela de oportunidade crucial. Adiar a decisão pode ser um erro, eu já vi esse movimento. Depois a Selic cai, os fundos sobem, e muitos perdem o melhor da rentabilidade”, orienta Charles.

Apesar de reconhecer os riscos de atraso no corte da taxa básica, o sócio da Ticker Wealth ressalta que o contexto global ajuda: “A redução na taxa básica de juros norte-americana pelo FED, por exemplo, traz alívio para o Brasil e agiliza a queda da nossa Selic”.

Fundos de tijolo e diversificação

A queda dos juros beneficia particularmente os chamados fundos de tijolo, que investem em imóveis físicos como galpões logísticos, shoppings e lajes corporativas. Com a queda no custo do crédito, o Economista Sincero explica que o próprio ativo imobiliário tende a se valorizar, impulsionando ainda mais o valor das cotas.

Embora não recomende tickers específicos de fundos de investimento, Charles Mendlowicz destaca as características gerais dos fundos que tendem a se sair melhor no cenário atual. Ele aconselha buscar ativos de qualidade, como galpões logísticos e shoppings.

Charles também enfatiza a importância da diversificação do portfólio. Para ele, uma carteira bem montada deve ser composta por diferentes tipos de FIIs. “Ter um fundo de tijolo, um fundo de papel, um fundo de tijolo de galpão, um fundo híbrido e um fundo de shopping, por exemplo, torna a carteira mais diversificada”, conclui o economista.

Sobre Charles Mendlowicz, o Economista Sincero

Charles Mendlowicz é um dos principais nomes do mercado financeiro brasileiro, com 30 anos de experiência e um histórico de sucesso entre o mercado financeiro e o varejo. É sócio da Ticker Wealth, onde lidera a estratégia de expansão, e autor do best-seller “18 princípios para você evoluir”. Sua abordagem direta e transparente o consagrou como um influenciador confiável, tendo sido eleito o melhor influenciador de investimentos pela ANBIMA por quatro vezes.

Grayce Rodrigues
Grayce Rodrigues
Jornalista com MBA em Comunicação Corporativa e especialização em Jornalismo Empreendedor pela University of Texas. Na Publish Ideas, atua como editora e assessora de imprensa.

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