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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Como o setor de serviços se transforma para sobreviver num mundo de plataformas, IA e autonomia corporativa

Em 2022, uma multinacional da área financeira contratou uma consultoria global para liderar sua transformação digital. Dois anos, três milhões de reais e muitos squads depois, o projeto foi descontinuado. Não por falha técnica, mas por descompasso com a cultura, as ferramentas e a velocidade real da empresa. Essa história, ainda comum, é o retrato de um setor que perdeu sua centralidade sem notar. O modelo de consultoria tradicional, baseado em horas vendidas, escopos fechados e entregas lineares, está sendo pressionado não apenas por eficiência, mas por irrelevância estrutural.

O que está em jogo são rupturas que vão além do custo. Empresas não querem mais braços operacionais externos, mas tecidos vivos de solução que unam tecnologia, produto e cultura. Segundo o IDC (2024), 58% das organizações já operam com redes de parceiros em vez de contratos exclusivos de outsourcing. Com o avanço de plataformas como GPTs, Power Platform e ServiceNow, quase metade das empresas automatizam processos antes controlados por squads. A intermediação humana perde força, como aponta a Deloitte (2024). Além disso, mais de 70% dos CIOs priorizam governança integrada e mudança cultural à frente de entregas puramente técnicas, de acordo com a PwC (2025).

Diante desse cenário, o novo papel da consultoria passa a ser o de se integrar de forma leve, inteligente e fluida ao fluxo real do cliente. Mais do que entregas pontuais, é preciso estar junto no dia a dia, com presença estratégica e insights contínuos, sem sobrecarregar. Isso exige ofertas modulares e interoperáveis, como squads táticos, copilotos de IA e data labs sob demanda, prontos para conectar e somar. O modelo deixa de ser baseado em ocupação de escopo e passa a ser orientado à orquestração, conectando o que já existe, destravando onde há fricção e saindo de cena quando não for essencial.

Para se reinventarem, as consultorias precisam substituir a lógica da mão de obra alocada por inteligência aplicada, oferecendo soluções orientadas a contexto, não apenas à capacidade técnica. Precisam trocar metodologias rígidas por integração viva com as ferramentas e cultura do cliente, marcando o fim dos tradicionais “pacotes de transformação”. Além disso, devem atuar na interseção produtiva entre tecnologia, negócio, cultura e compliance, abandonando os silos de especialidade. Segundo a McKinsey (2023), até 40% do trabalho das consultorias poderá ser automatizado até 2030 com o avanço da IA generativa.

A Verity representa esse novo momento ao transformar sua estrutura e entrega para se integrar, de forma fluida, aos desafios dos clientes. Com o Verity Quantum, a empresa desenvolveu um framework que acelera a modernização com inteligência artificial e engenharia proprietária. A Agenda 2025 estabelece um plano de transformação com foco em eficiência operacional, agilidade e risco controlado. Já o VMO by Verity é uma estrutura modular que conecta estratégia, governança e valor de forma contínua.

A empresa se prepara para o futuro ao reduzir fricções com automação e IA, oferecer serviços modulares e acionáveis e ser uma presença estratégica na jornada real dos clientes. Movimento é sobrevivência, e as consultorias que não evoluírem sua forma de operar e, principalmente, de se posicionar no ecossistema do cliente, serão substituídas. Por IA, por plataformas ou por iniciativas internas mais ágeis. Quem não se move, desaparece. Mas há espaço para quem compreende o presente com coragem, atua com fluidez e se conecta com inteligência ao que realmente importa. O futuro não exige controle, exige relevância viva.

Autor:

Rodrigo Arraes é Delivery Manager na empresa Verity

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