Por Júlia Greghi, Diretora de Marketing da ADSPLAY

Desde 2002, quando iniciei minha carreira, vivenciei uma série de experiências que moldaram minha trajetória profissional. Ao longo dos anos, já troquei a academia pelo trabalho, substituí horas de estudo da graduação e da pós-graduação por compromissos profissionais e, em momentos de ansiedade, me alimentei em excesso.
Também cancelei consultas médicas em função das demandas do trabalho, chorei devido à pressão profissional e trabalhei aos sábados e domingos, estendendo minhas jornadas até tarde da noite. Em várias ocasiões, priorizei o trabalho em detrimento da minha vida pessoal e, em algumas noites, a insônia se tornou uma companheira indesejada.
Essas experiências são mais comuns do que se imagina. Somos seres humanos e, como tal, reagimos aos estímulos externos. A vida perfeita e produtiva que frequentemente vemos nas redes sociais é uma grande falácia.
Apesar disso tudo, para mim o que realmente importa é a frequência dessas situações em nosso trabalho atual. Sobrecarga, estresse, ansiedade, frustrações acontecem, é inevitável, mas com qual constância?
Se essas experiências se tornam frequentes, é fundamental repensar a situação. Um ambiente de trabalho insalubre pode estar contribuindo para o burnout, um estado de exaustão física e emocional que afeta a saúde e a produtividade. Se essas situações ocorrem ocasionalmente, é um ponto de atenção — pode ser apenas uma fase específica que requer observação e cuidado. E se são raras, talvez seja hora de reavaliar suas queixas e agradecer a oportunidade de ter um emprego.
É crucial colocar na balança a frequência com que essas atitudes e situações se manifestam. Permanecer no campo das lamentações só tende a agravar o cenário. Afinal, não existe emprego perfeito. Existe? O verdadeiro desafio está em encontrar um equilíbrio saudável entre nossas responsabilidades profissionais e o cuidado com nós mesmos.
Reconhecer que, embora o trabalho seja uma parte importante de nossas vidas, ele não deve ser a única definição do nosso valor ou felicidade. Buscar essa balança equilibrada não apenas melhora nossa qualidade de vida, mas também nos torna profissionais mais realizados e produtivos e criativos. E você, está atento a essa montanha russa da vida moderna, mantendo os pratinhos da vida pessoal e profissional bem alinhados?