“Os Idosos Estão Aprendendo Isso – E Você Deveria Também!”
A educação ao longo da vida é um dos setores mais promissores dentro da economia da longevidade. Com o aumento da expectativa de vida e a crescente participação de pessoas 60+ na sociedade e no mercado de trabalho, o aprendizado contínuo deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade. No Brasil, esse movimento ganha cada vez mais força, e iniciativas voltadas para a educação de idosos vêm crescendo exponencialmente.
Segundo dados do IBGE, o Brasil terá mais de 40 milhões de pessoas acima dos 60 anos até 2050, tornando-se um dos países com maior população idosa do mundo. Mas, diferentemente das gerações passadas, essa nova leva de maduros quer continuar ativa, empreender, aprender novas tecnologias e se reinventar. Isso se reflete em números globais: de acordo com a Harvard Business Review, 65% das pessoas acima de 55 anos querem desenvolver novas habilidades para continuar economicamente ativas.
A importância do Brasil nesse contexto foi destacada no livro Longevity Hub, que cita o país como um hub de inovação e oportunidades na longevidade. O Brasil está se tornando um exemplo de como o envelhecimento pode ser encarado com inovação, tecnologia e inclusão digital.
E as iniciativas nacionais não ficam atrás. Empresas como Maturi e Mais Vívida estão revolucionando a forma como os maduros aprendem e interagem com a tecnologia. A Maturi, por exemplo, já impactou mais de 150 mil pessoas com cursos e eventos focados em empregabilidade, empreendedorismo e atualização profissional. A Mais Vívida, por sua vez, ensina tecnologia para idosos, ajudando-os a superar barreiras digitais e se conectar com o mundo moderno.
O impacto dessas iniciativas vai além do aprendizado. Segundo um estudo da Deloitte, idosos que continuam estudando e se atualizando têm 30% menos risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. Além disso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o ensino digital voltado para idosos pode movimentar até R$ 20 bilhões nos próximos anos.
Diante desse cenário, empresas e instituições de ensino precisam entender que o público 60+ não é um nicho, mas sim um mercado gigantesco e em plena expansão. Plataformas digitais, cursos presenciais adaptados, treinamentos tecnológicos e mentorias intergeracionais são apenas algumas das oportunidades estratégicas para quem deseja inovar e crescer dentro da economia da longevidade.
O aprendizado não tem idade, e quem souber oferecer soluções educacionais acessíveis, envolventes e inclusivas estará liderando um dos mercados mais promissores da próxima década. A economia da longevidade não é o futuro. Ela já é o presente.
Willians Fiori
gerente de relações profissionais e institucional Bigfral
professor docente a pos graduação em gerontologia e geriatria do hospital israelita Albert Einstein
professor convidado da FMUSP | UFRJ | UFF| INSPER|FAAP
Membro da Sociedade Brasleira de Geriatria e Gerontologia
Membro da Associação Brasileira de Telemedicina
host e criador do gerocast , primeiro podcast sobre longevidade do brasil
Autor e colaborador dos livros: Meus Pais Envelheceram, e agora? Longevity Hub, Brasil 2060,Alzheimer, desafios do Cuidar