Maturidade Feminina: Por que a Vida Começa aos 50?

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Por: Bruna Moment & Willians Fiori

A maturidade pode ser o ponto de partida para uma nova fase na vida das mulheres. Livre de padrões e expectativas externas, esse período é marcado por autoconfiança, propósito e oportunidades em áreas como saúde, trabalho, sexualidade e empreendedorismo. Confira por que a maturidade está redefinindo o que significa envelhecer.


Expectativa de Vida e Qualidade

De acordo com dados do IBGE, as mulheres brasileiras têm uma expectativa de vida média de 80,5 anos. Em comparação com os homens, que vivem em média 73 anos, elas ganham cerca de uma década a mais para construir projetos, buscar novos aprendizados e investir em si mesmas.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que a longevidade não deve ser sinônimo de estagnação. “Com os avanços na medicina e na conscientização sobre hábitos saudáveis, o envelhecimento pode ser ativo, produtivo e significativo”, aponta o relatório da entidade.


Empreendedorismo na Maturidade

As mulheres maduras estão impulsionando a economia de maneira surpreendente. Dados do SEBRAE mostram que 55% das novas empreendedoras têm mais de 45 anos.

Muitas encontram no empreendedorismo uma nova forma de autonomia financeira e propósito, ao mesmo tempo em que trazem ao mercado experiência e resiliência. Isso reflete uma tendência global: segundo a McKinsey, o público feminino acima dos 50 anos movimenta 15 trilhões de dólares anualmente.

“Com os filhos crescidos e uma nova visão de mundo, muitas mulheres percebem que podem empreender e usar seu talento acumulado em décadas de trabalho”, afirma Adriana Barbosa, consultora em inovação e empreendedorismo feminino.


Mercado de Trabalho e Inclusão

Outro movimento importante é a valorização da mulher madura no mercado de trabalho. Grandes empresas têm apostado na inclusão de profissionais 50+ por reconhecerem suas habilidades e experiência. Iniciativas de inclusão de talentos seniores, como as implementadas pelo Grupo Boticário e Unilever, mostram como a diversidade geracional traz resultados positivos.

Essas profissionais demonstram maior inteligência emocional, resiliência e capacidade de liderar com empatia. Esse perfil tem sido valorizado em áreas como gestão, educação, saúde e atendimento ao cliente.


Autoconhecimento e Saúde Emocional

A maturidade é um período em que as mulheres relatam maior autoconfiança e liberdade emocional. Um estudo da Universidade de Harvard revelou que, após os 50 anos, as mulheres se preocupam menos com a opinião alheia e priorizam o que realmente importa: saúde, amizades verdadeiras e projetos pessoais.

“É um momento de autorreconstrução. Muitas mulheres percebem que podem dizer ‘não’ com mais tranquilidade e focar no que realmente lhes traz felicidade”, explica a psicóloga Mariana Costa.


Sexualidade: Prazer e Redescoberta

Quando o assunto é vida sexual, o tabu ainda persiste, mas os números mostram que o cenário é outro. Uma pesquisa do North American Menopause Society apontou que 70% das mulheres acima dos 50 anos relatam satisfação sexual, desde que recebam apoio médico e emocional para lidar com questões como menopausa e climatério.

O período traz mudanças hormonais, sim, mas também uma nova relação com o corpo. A maturidade permite que as mulheres redescubram o prazer, livres de inseguranças.

“Hoje, temos um leque de tratamentos, terapias hormonais e práticas naturais que ajudam a equilibrar os sintomas do climatério e a autoestima, favorecendo a vida íntima,” afirma a ginecologista Paula Almeida.


O Novo Significado da Maturidade

A maturidade feminina está longe de ser o “começo do fim”. Pelo contrário, ela representa uma fase de novos começos, com mais liberdade, autoconhecimento e oportunidades.

Como disse a escritora Maya Angelou: “Eu sou a mulher que trabalhou muito para se tornar a mulher que sou hoje.”

Esse é o novo lema das mulheres maduras, que estão mostrando ao mundo que a vida pode ganhar mais cor, intensidade e significado na segunda metade do caminho.


Fontes: IBGE, SEBRAE, OMS, McKinsey, North American Menopause Society, Universidade de Harvard.

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