24.7 C
São Paulo
domingo, 21 de abril de 2024

O lago

Sentado a suas margens

Fico em total silêncio

Como ele, calmo e presente

Olho no espelho refletido na superfície d’água

Vejo você, de cabelos soltos e sorridente

Meu coração estremece, como meus lábios

Quentes como antigamente

Não resisto

Tiro a roupa e mergulho bem fundo

Na esperança de te tocar novamente

A água é fria, como o meu mundo; solitário

Submerso te procuro em vão

Nada encontro; só uma correnteza extremamente fria

Volto à tona, ainda com esperança

De te encontrar neste mundo real

Misterioso, duro, cruel

Mas minha esperança se congela

Paralisada como a superfície deste lago

Que vive sem saída

Aceitando seus limites, imposto por suas margens

Feitas de pedras e terra firme.

Autor:

Jaeder Wiler

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Leia mais

Patrocínio