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segunda-feira, 22 de julho de 2024

Instituto McKinsey: Marrocos entre as importantes economias da África

De acordo com o relatório do McKinsey, Instituto americano de consultoria internacional, fundada em 1926, publicando nesta semana um relatório, no qual coloca o Marrocos entre as cinco principais economias africanas, (Marrocos, Argélia, Egito, Nigéria e África do Sul), cujos índices de crescimento económico são comparados aos demais países que conheceram uma certa desaceleração econômica dos últimos anos.

Os jornais africanos destacaram neste relatório de mais de 60 páginas, caracterizando o desenvolvimento das economias africanas como um passo em frente, dadas transformações e diferenças de oportunidades, cuja  desaceleração econômica assemelha-se as economias destas cinco maiores economias da África, comparadas aos restantes dos países do continente, e dos referenciados como emergentes.

Tratando de uma das conclusões mais proeminentes do relatório a disparidade e o desempenho econômico que caracterizam os países do continente, em termos de diversidade e contraste, resultado desta situação não uniformizada africana.

Decrescimento de economia de Marrocos entre 2010 e 2019

O relatório, baseado sobre estudos aprofundados dos expertos da consultoria de McKinsey, consideram que estas cinco grandes economias produziram sozinhas cerca de 75% do PIB da África em 2019, uma vez que a aceleração do crescimento tem sido travada por um conjunto de fatores, dos quais a pandemia de Corona 19.

Segundo os dados de McKinsey, Marrocos, apontado entre os 13 países do continente a título de estudo sob situação de desaceleração, enquanto outros países continuam  individualmente a contribuir por mais da metade das exportações em termos de matérias-primas e commodities essenciais do continente, elevando-se ao nível de crescimento, entre 2010 e 2019, uma razão para os fatores do desenvolvimento, produção e emprego, no sentido das exportações e investimento per capita, base do crescimento financeiro, mas em muitas vezes inferior à média continental.

Tal grupo de países inclui o Marrocos entre os países que alcançaram o crescimento econômico acima da média continental, durante a primeira década do terceiro milênio, antes do país conhecer um certo decrescimento econômico entre 2010 e 2019.

Este relatório de McKinsey reconhece ainda que o Reino de Marrocos e seus esforços foram canalizado no sentido de generalizar a média de eletrificação, uma razão ou fator, da desaceleração do crescimento econômico, devido ao projeto contrastivo de eletricidade no nivel regional,  diferendo de um país a outro e dentro do continente africano, uma vez que o Marrocos tornou-se exemplo de sucesso, apesar que existem mais de 100 milhões de residentes nas cidades africanas, ou seja, 18% da população urbana ainda não detém acesso aos serviços de eletricidade.

Finalmente, o Marrocos, juntamente com o Egito e a Tunísia formam o círculo dos países que alcançam quase a eletrificação urbana de modo geral, conforme os expertos do Instituto McKinsey, elevando o fator da eletrificação, como estrutura da cobertura, citando o caso da República Centro-Africana inferior a 40%, revelando as lacunas  entre os países africanos no nível da infraestrutura e no sistema de água e saneamento básico.

Soluções para acelerar o crescimento

Para sustentar e acelerar a produtividade e o crescimento na África, o instituto americano, McKinsey recomenda a estes cinco países, dos quais o Marrocos seguir uma “receita” em cinco vertentes:

– Melhorar a produtividade através da “rápida transformação digital,

– Desenvolver as competências locais,

– Reforçar a cooperação regional,

– Investir no desenvolvimento urbano e na construção de cidades,

– Incentivar os empreendedores locais.

Aumento da transformação digital

Tal relatório de McKinsey sobre o crescimento econômico da África, aponta a mudança estrutural destas economias, para o setor dos serviços ao longo das últimas duas décadas, alimentando o emprego no setor dos serviços desenvolvido entre 30 e 39%, durante este período, prevendo-se que este setor pode absorver cerca de metade dos novos entrantes no mercado até 2030.

O aumento da digitalização, importante fator, do desenvolvimento de competências, necessários para melhorar a produtividade dos serviços, proporcionando enormes oportunidades, estimular a produção económica e criar forças de emprego em África, o que será alcançável se a produtividade do setor for aumentada.

Competências locais e reforço da cooperação entre as regiões

Outras alavancas de crescimento são possíveis para o próximo desenvolvimento, o aumento da produção interna e externa.  Tendo por objetivo atender à crescente demanda interna, fortalecer as relações e investimentos regionais, bem como melhorar a produtividade dos recursos e apoiar a transição energética global, em termos de produtividade agrícola e dos desafios que o Marrocos enfrenta no domínio da produção e criação de emprego.

Infraestruturas urbanas

Melhorar a infraestrutura urbana para Marrocos constitui um desafio a vencer e alcançar o sucesso do desenvolvimento, isso é possível pelo aumento da produtividade das empresas e dos empreendedores, dada  a designação do que se chama as “cidades secundárias”.

O relatório recomendou assim que se diminuísse a pressão sobre as grandes cidades, conforme as estimativas dos expertos, considerando 500 milhões de pessoas, as que abandonam as zonas rurais, indo às cidades até 2040.

Empreiteiros locais: riqueza a promover

Neste relatório, os economistas  basearam-se no aumento do número de grandes empresas privadas no continente. Tendo por objetivo promover a inovação, o crescimento da mão-de-obra, as exportações e as receitas fiscais, além da importância de aumentar o número de grandes empresas localmente, ultrapassando assim a faturação anual  superior a mil milhões de dólares, das quais Marrocos detém 20 %.

Sendo importante tirar conclusões finais deste relatório  que aponta que  os países africanos detém meios para se desenvolver, mas falta reforçar a infraestrutura da eletrificação, centros urbanos e rurais, saneamento básico, capacitando suas cidades e  empresas, de modo a priorizar a cooperação, a inovação e a produtividade, bem como o crescimento econômico, num contexto de  dinamismo em prol dos serviços e implementação de infra estruturas, das quais o continente ´possa transformar os desafios de guerras e conflitos regionais em segurança e estabilidade socioeconômica.

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitario, Rabat, Marrocos

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