26 C
São Paulo
segunda-feira, 22 de julho de 2024

Espaço atlântico, visão Marrocos-América Latina

O Oceano Atlântico, nos últimos anos, tem sido objeto de discussão e de muitos meios de comunicação, bem como de críticas dos analistas internacionais, de estudiosos universitários,  visando a levantar as questões e interesses de muitos países da África e América do Sul, sobretudo dos países  banhados pelo este oceano atlântico, caso do Marrocos e Brasil, na parte do sul e norte.

Trata-se de um um espaço geopolítico, considerado inexplorado e rico, podendo servir como uma nova plataforma de diálogo entre o Norte e o Sul.

Nos anos 90, o Brasil foi o primeiro a iniciar uma cooperação atlântica envolvendo os países do cone sul, Brasil, Argentina, em relação aos países como África do sul, Nigéria, Angola..), visando uma cooperação energética e estratégica.

Hoje, o Reino de Marrocos, estrategicamente pertencente a este espaço, detém a possibilidade de  expor a sua costa atlântica de forma a dar novo fôlego à sua relação com a América Latina,  reforçando as trocas políticas e económicas no sul e norte de modo geral.

As relações entre Marrocos e os países da América Latina podem sofrer a qualquer hora mudanças importantes, motivo desta plataforma regional do Atlântico Sul levando os países latino-americanos a intensificar as trocas não só com Marrocos, mas também com todos os países africanos pertencentes a este espaço atlântico.

Reforçando a cooperação dos anos 90, patrocinados pelo Brasil com os países lusófonos da África pertencentes a comunidade CPLP, anos 80, bem como África do sul e Nigéria, principais adversários do Brasil no campo de energia, seguranças e exploração agrícola.

Pois a liderança marroquina no norte do continente africana, traduz este papel de construtor e  conceptualização do espaço Atlântico, com mais de 1300 km do norte ao sul, espaço no qual se posiciona geograficamente e em relações internacionais e alinhamentos geopolíticos.

Oceano Atlántico

Nos últimos cinco séculos, o Oceano Atlântico tem sido o epicentro da atividade econômica global.

A partir do ano de 1500, e aquando da descoberta do Novo Mundo, as potências atlânticas, primeiro na Europa Ocidental e depois nos Estados Unidos da América, adquiriram uma dimensão global.

O comércio transatlântico desempenhou um papel fundamental nesse desenvolvimento, transformando a Europa Ocidental, enquanto região periférica da massa continental da Eurásia, em um ator econômico global e central.

Entre os anos 1500 e 1800, os países da Europa Ocidental experimentaram uma era sem precedentes de crescimento econômico, levando à “primeira grande divergência”, termos cunhado pelo norte americano, Samuel P. Huntingt, tornando esta região significativamente mais rica do que a Ásia e a Europa Oriental, e até no final do século XIX.

De fato, as relações transatlânticas têm frequentemente centrado sobre as relações Norte-Norte na zona atlântica. A luz de uma geopolítica perturbada pela emergência do Sul nas relações internacionais, bem como das transformações económicas e demográficas deste espaço, conhecendo hoje um oportuno ação ao alargar o olhar sobre o Atlântico, explorando a sua “dimensão vertical” e  parte de sul.

Esta perspetiva oferece a possibilidade de olhar para toda a região atlântica, não só em termos geográficos e materiais, mas também como um espaço geoestratégico e geoeconômico aberto sobre suas apostas e desafios específicos.

Nesse sentido, o estabelecimento de uma relação entre o Reino do Marrocos e os países da América Latina só pode ser uma realização útil em torno dessa área do Atlântico Sul, servindo como catalisador e acelerador de intercâmbios políticos e econômicos.

Se em determinado momento de sua história alguns Estados latino-americanos se mostraram hostis à integridade territorial do Reino, por questões de guerra fria, e as relações camufladas, hoje se percebe uma notável mudança de posição desde a visita de Sua Majestade o Rei Mohammed VI a esta  região em 2004.

Ao visitar Brasil, Argentina, Peru,  Chile e México, o Soberano do Marrocos abriu o espaço para um diálogo positivo, visando as relações entre Rabat e países nos campos políticos, econômicos, energéticos, industriais, comerciais e culturais.

Marrocos e Países da América Latina

Se alguns países latino-americanos apoiam o plano de referendo para o saara ocidental, não é por nada, mas sim por consequências da dominação e exploração das forças coloniais, Espanha, França e Portugal, mantendo uma influência que acentua a guerra fria, e onde o grupo separatista, Polisário, surgindo como um movimento de independência de pensamentos ideológicos e de ideias comunistas e socialistas.

Alguns líderes da Cuba sob regime de Fidel Castro, 46 anos, ao longo do século XXI, o bolivarianismo-socialismo de Chávez, Venezuela, caracterizado por uma luta armada, diante de uma ideologia colonial racista, de uma década perdida, das ditaduras militares, camuflando e suportando as manipulações dos Estados Unidos contra Rússia, czarista, contexto no qual Marrocos envolveu uma luta contínua de independência contra o colonialismo, espanhol e francês.

Trata-se de envolver um diferendo artificial, no qual Argel, cérebro inventor, acolhendo os separatistas, da polisario, 1975, no seu território numa proposta de contrariar o processo de integração territorial de Marrocos, sob uma ameaça da guerra fria, propagando e alimentando um estado artificial saharaui, RASD, sob o controle do regime militar argelino, cobiça ocidental e de alguns líderes latino americanos, conspiradores da filosofia do separatismo para com o norte da África e do Sahel-Saara.

Tal contexto explica o sentido das ideologias revolucionárias e anticoloniais sul-americanas dos anos 1960, alinhando a antiquada ideologia da “República Saharaui” RASD, longe de qualquer princípio da realidade histórica e das transformações que conheceu o Marrocos ao longo da sua constituição, sob a lógica do pragmatismo dos discursos do respeito mútuo e interesses econômicos, bem como da posição do Reino de Marrocos de consolidar a sua integridade territorial.

Hoje, assiste-se na América do sul as divisões e movimentos políticos e  dinâmicas internas, exigindo uma abordagem específica que aprofunda o conhecimento sobre a região e sua riqueza.

Assim a ideia de estender um espaço geopolítico comum entre a América Latina e Marrocos como uma estratégia de interesses comuns, levando a criar plataformas de diálogo, de interesses e identidades compartilhadas.

Neste sentido, o carácter unificador do Atlântico e seu significado político na temática das alterações climáticas, das energias renováveis ??e da segurança internacional, constituindo um poderoso vetor de intensificação das relações entre Marrocos e seus vizinhos do outro lado do Oceano Atlântico.

Laços transatlânticos

O reforço dos laços económicos transatlânticos entre Marrocos e os países latino-americanos é cada vez mais urgente, traduzindo a estratégia do conceito ganho-ganho, numa zona de livre comércio, de conjugação dos interesses e vantagens, bem como de relação e posições geopolíticas das partes.

Muitos países latino-americanos compartilham os mesmos ideais com Marrocos sob a ótica do reconhecimento da política estrangeira no processo do desenvolvimento do oceano atlântico à luz dos recentes avanços dos países nos níveis socioeconômicos e geopolíticos.

No plano multilateral, o Marrocos evidenciou o seu rol no Atlântico junto com o Brasil e países do Mercosul, podendo servir como catalisadores da construção de um futuro melhor e criação de um espaço de cooperação adequado para intercâmbios econômicos e políticos para o resto do povo da América Latina.

Repensando a pertença atlântica de Marrocos e América do sul entre as partes, no sentido do benéfico e da riqueza que proporciona a zona, em prol dos povos unidos pela amizade e laços, face às ameaças e obstáculos comuns das duas margens do oceano atlântico.

Obstáculos e desafios

Os obstáculos que consistem no trafico de drogas, imigração ilegal e comercio, impedendo qualquer o avanço no processo de cooperação internacional, dada esta divergencia dos interesses estratégicos entre Leste e Sul, cuja falta da compreensão atrapalha qualquer diálogo sobre o nível do potencial de desenvolvimento da doutrina atlântica referente ao político-militar, socioeconómico e concorrencia transtlantica.

Face ao fenómeno da imigração clandestino e do crime organizado, esta zona abre perspectivas a procura de meios para proteção das matérias primas, desenvolver novas indústrias ocidentais, meios pelos quais se fortalecem regimes protetorais, a cerca de estabilidade e investimentos, tornando cada vez mais estes países fronteiriços latino-americanos, cobiças e ideologias da época da guerra fria, das insustentabilidades sócio econômicas e vias desfocadas.

Em relação a Marrocos, detendo uma estrategia de investir no seu tecido econômico, apoinado os laços e relações com os países da América Latina, onde África parte de uma lógica de parceria ganha-ganha, face à crises políticas que cada vez mais ameaçam a economia e negócios no espaço atlântico, possibilitando agir contra o crime de organizações internacionais, de imigração clandestina, de tráfico de drogas, de armas e órgãos, sob  um prelúdio de conceptualização deste espaço de cooperação como um artifício de intercâmbio Sul-sul e Norte-sul.

Marrocos e Intercâmbio econômico

Se hoje o Marrocos escolheu a cooperação Sul-Sul como uma opção estratégica, é porque seus interesses são canalizados no sentido de consolidar as relações políticas e  diversificar suas parcerias com os países do Sul, África e América do Sul, numa lógica prestigiada, não menos importante na visão da política estrangeira na zona de livre comércio e espaço atlântico, elevando assim os níveis estratégicos e interesses de segurança nacional, e de estabilidade socioeconômica.

Assim, o recente avanço da diplomacia marroquina, sob a liderança do rei Mohammed VI, na América Latina levou a uma posição não menos anedótico nem fortuito, mas sim resultou num fruto de um longo trabalho de diplomacia oficial, paralela e económica, dando a conhecer as posições e os trunfos de Marrocos nos diferentes países da região.

O exemplo do Uruguai, primeiro país latino-americano a estabelecer relações diplomáticas com o Reino do Marrocos em 1959. Depois de ceder ao canto da sereia (Polisario), Montevidéu tem iniciado sua nova dinâmica em suas relações com Rabat, onde o Marrocos foi o país principal com o qual se posicionou geograficamente e estrategicamente permitindo  ser a porta de entrada para os mercados africanos e mundo árabe.

Este avanço de Marrocos no seio da américa do sul tem sido possível graças a uma diplomacia empreendedora e multidimensional. A par dos esforços desenvolvidos pelas embaixadas do Reino, outras ações de diplomacia paralela podiam ser sustentadas e ao longo prazo, a saber ações  empreendidas, pelos atores associativos, média internacional, as Câmaras do Parlamento, comerciais e associações da sociedade civil.

Para o Brasil, considerado um principal país latino-americano, historicamente aliado a Marrocos, através das exportações de produtos marroquinos objeto de um aumento fenomenal de US $655 milhões em 2016 para US $2,05 bilhões em 2022.

Um outro exemplo das relações marroquino-brasileiras a destacar referem-se aos laços com outros países latino-americanos unidos graças a construção de uma interdependência virtuosa.

Tal é o caso da Argentina, em 2022, quando o comércio atingiu US $1,5 bilhão, um aumento de 48% em relação a 2021. Refletindo um amadurecimento da indústria marroquina, ato frutífero posteriormente reconhecido graças às visitas interligadas pelas parcerias mixtas.

Tal estratégia de construção de relacionamento com ??base nas trocas econômicas, tradicionalmente dependem de uma série de mecanismos e competitividades nacionais e internacionais.

O Peru, um exemplo do avanço da dinâmica diplomática, refletindo o processo das visitas oficiais de delegações parlamentares e grupos de amizade, onde o Marrocos expressou a sua posição como,  ponto de interligação de cooperar e das relações de parcerias estratégicas e privilegiadas.

Em relação a reviravolta política em relação ao Saara marroquino, desde 2022, a capital de Lima do Peru tomou decisão histórica denunciando o separatista da Polisario, RASD, uma derrota e imbróglio, para Argel e seus aliados, conforme o chanceler peruano, Michel Rodríguez Mackay.

Consciente das parcerias, Peru e Marrocos, e perante o relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), publicado em agosto de 2022,  sendo metade da população do Peru em situação de insegurança alimentar, 16,6 milhões de pessoas. Uma razão para fortalecer as parcerias, uma vez que  mais de um em cada cinco habitantes, ou 6,8 milhões, estão em situação de insegurança alimentar ou de agravação.

A lógica política revela que a aproximação de Peru com Marrocos, constitui uma plataforma, entendendo sobre uma série de questões de segurança,  de crise alimentar, consequências das parcerias confiáveis, face a alguns obstáculos e dificuldades sócio econômicas e políticas.

Assim, o Marrocos mantém-se como porta-estandarte em segurança alimentar, com forte capacitador de exportação de fertilizantes e experiência em manejo do solo, tornando-se um parceiro crucial para Lima.

Enquanto o Marrocos abre canais prontos para ajudar o Peru, dadas dificuldades e obstáculos, afundadores de uma grande crise alimentar, em detrimento de outros países sul-americanos, continuando a operar num retrocesso incoerente para com a questão do Saara marroquino.

Uma questão que envolve o respeito do território do Marrocos e sua abertura sobre a zona atlântica, constituindo parcerias de confiança e de utilidade económica para com o Sul, zona marítima da diplomacia e política, unindo os dois lados do Atlântico, norte-sul.

Assim, esta questão do Saara volta a ser o ponto central da abordagem marroquina. Definindo a sua bússola, orientadora da política externa do Reino.

Posicionando a América Latina como força locomotiva de laços econômicos, movendo as linhas de produção com os diferentes países. Esta dinâmica produtiva só pode reforçar, tanto a diplomacia oficial e parlamentar, bem como as aproximações dos povos, através de intercâmbios culturais, em torno de ajuda a comunidade marroquina de língua espanhola, a ultrapassar qualquer fronteira linguística, implantada entre dois continentes e regiões.

Com mais de um milhão e meio de falantes em 2018, o Marrocos passou a ser o segundo país de língua não espanhola, depois dos Estados Unidos, a ter o maior número de pessoas com conhecimento de espanhol sem que seja sua língua materna.

Atlântico Sul, zona de futuro

O Atlântico Sul estende-se naturalmente da América do Sul à África. Constituindo um espaço estratégico de intercâmbio político, técnico e comercial entre os dois continentes.

Historicamente, esta zona  atlântica é definida como uma zona de comércio, chamando a atenção da Europa, América Latina e África, onde o Oceano Atlântico detém a sua importância geoeconômica e geopolítica, devido aos seus grandes recursos naturais, a reversão da geopolítica no canal Sul, dando o crescente interesse aos países no zona em termos de cooperação Sul-Sul.

Para atender a este princípio de cooperação, é necessário colocar em pauta o respeito da soberania e integridade dos países do Sul, suas águas territoriais, sua manutenção da segurança oceânica e navegação, bem como o bloqueio de qualquer iniciativa de militarização desses espaços marítimos, numa ação de potências extrarregionais, base dos essenciais pré-requisitos da  construção deste espaço, catalisador da relação entre o continente africano e América Latina.

Nesse sentido, o Atlântico Sul, além de ser uma rota comercial e um importante espaço geoeconômico, torna-se também um polo de desenvolvimento.

lembrando que a projeção sul-americana, sobretudo brasileira, em direção da África, orienta-se no sentido do oriente médio e Ásia, passando pela China e Índia, reforçando as parcerias numa dinâmica africana e América do Sul.

Assim o Atlântico Sul, como plataforma da criação de parcerias estratégicas entre os países ribeirinhos e entre Estados asiáticos, voltou a ser palco de decisões em torno do desenvolvimento de políticas de cooperação Sul-Sul. Bem como uma dinâmica das rotas políticas, onde o continente africano se transforma, dadas convergências das coalizões do Sul.

Outro ponto que destaca  esta zona do atlântico a sul, foi a geopolítica inexplorada,  servindo como uma nova plataforma de diálogo entre Norte e Sul. Longe de qualquer distância pejurativa como área marítima do mundo e da expansão do comércio internacional, cujo Oceano Atlântico considerado como um rio onde novos diálogos podem emergir novas narrativas e posturas rumo ao desenvolvimento das zonas de riqueza.

Esta sinergia de pontos de vista entre o crescimento económico e a transição energética, explica como a zona atlântica proporciona, graças aos novos paradigmas migratórios e segurança, uma abordagem pan-atlântica, as questões e apostas as mais importante do diálogo, bem como a cooperação e parcerias entre os Atlânticos Norte e Sul.

Nesse sentido, o diálogo Marrocos-América Latina e, de forma mais ampla, África-América Latina, revistindo uma suma importância na nova conjuntura geopolítica mundial.

Tratando-se dos desafios das alterações climáticas e da reformulação do sistema económico global, uma base mais ecológica, impondo o espaço atlântico numa região do futuro, onde o comércio e a cooperação entre as margens austrais deste oceano prescrevem um novo capítulo da sua história.

No plano da segurança, não há igual no Atlântico em termos do risco de guerra nuclear na Ásia-Pacífico, ou do conflito Indo-Paquistanês ou ainda da competição estratégica no Mar da China Meridional.

E no futuro da busca energética, o crescente ativismo diplomático de Pequim e interesses pela segurança marítima em diferentes zonas de tensão provavelmente vão atrair novas potências, devido às águas do Atlântico Sul, e a precaução e antecipação de qualquer ação anti-nuclear.

Finalmente o desenvolvimento econômico no Atlântico Sul constitui um pré-requisito da estabilidade global e da promoção da paz nesta região. Cujos desafios de segurança constituem uma verdadeira questão de abordagem objeto da instabilidade, crimes e violências.

O Reino de Marrocos, forte pelas conquistas estratégicas em particular em África, adere a esta visão pragmática, visando a construir a interdependência económica com base em elaborados pactos econômicos regionais, assentados sobre a sustentabilidade e o interesse mútuo.

Tais relações económicas com a América Latina enquadram-se nesta doutrina marroquina, dando ênfase à cooperação Sul-Sul, mantendo uma nova zona de cooperação com o Atlântico Sul, dada a 4º Cúpula do Mundo Árabe-America-Latina. Envolvendo as relações árabe-sul-americanas, bases fundadoras de uma parceria multidimensional e criteriosa sobre as riquezas naturais e potencial humano dos países, compartilhadores dos princípios e  ideais da zona atlântica.

Para tal, os governos do atlântico sul e norte tomam medidas necessárias em favor do investimento e comércio, reforçando o papel dos operadores económicos, públicos e privados, num novo fôlego de cooperação e parcerias, ganha-ganha.

Com base nestas agendas comuns, os objetivos a ser  construídos para um modelo de cooperação Sul-Sul, do estabelecimento de uma parceria econômica ganha-ganha, bem como do lançamento de projetos conjuntos de desenvolvimento humano e social.

Assim, Marrocos, considerado como um potencial, base de diferentes ocasiões, fóruns e iniciativas, proporcionando fortalecer a identidade atlântica e e Marrocos, numa relação de participação da América Latina no comércio exterior com o Marrocos, numa região onde se considera como “terra incógnita”.

Para superar essa enigma, desafio, mútuo, cabe desenvolver uma tradição de informação e educação, vis a vis do conhecimento histórico, no seio de fóruns e iniciativas transatlânticas Sul-Sul, cuja poderosa alavanca atlântica capaz de fortalecer o relacionamento entre o Marrocos e a região sul-americana.

Tal é o papel da revisão da Iniciativa Tricontinental Atlântica de 2009, constituindo um bom passo normativo para repensar o Oceano Atlântico como um espaço geopolítico claro e definido.

Em suma os fóruns internacionais, espaços nos quais o Marrocos e América latina participam,  de forma natural, agindo para fortalecer o mundo em torno das  convergências; das soluções concertadas, dos actores e governos colectivos, assentando-se sobre um novo paradigma, de aproximação e cooperação, a nível de concorrências e relações internacionais no âmbito do espaço atlântico sob os poderes norte-americanos e europeios.

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário-Rabat, Marrocos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Leia mais

Patrocínio