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domingo, 21 de julho de 2024

Marrocos: o conflito multifacetado de Argélia 

Marrocos e Argélia formam parte dos países do Magreb árabe, Argélia denominada República Popular democrática, abreviado RADP, desde 1962,  geograficamente, situada no Norte da África, leste de Marrocos; desde 1956, denominado Império Sharifian, um  estado unitário. Seu sistema político é uma monarquia constitucional, parlamentar unitária e regionalizada.

Alguns momentos históricos, importantes para os dois países, resumidos nas iniciativas, atribuídas aos  primeiros architectos da União do Magreb, UMA, anos 70 e 80, transcendendo com os valores, e princípios religiosos, islâmicos, de língua árabe, de ideais culturais, ritos e costumes, além de laços sanguíneos de convivência, e de ambições e horizontes unificadores.

Interroga-se se isso é suficiente para a integração regional e da UMA triunfar, longe de qualquer clima de provocações de insegurança, do separatista da Frente Polisario, 1972, ou da invenção argelina do Estado fictício?

Os ideias do milagre e prosperidade Magrebino e UMA acabou se vaporizar, dando lugar as divergências, consequências da corrida armamentista, anti-Marrocos,  da decisão do tribunal internacional de la Haye, 1974, a título do reconhecimento dos laços históricos do saara marroquino, e sultões alauitas.

Além da cobiça dos colonos argelinos, retratando os diferentes momentos da ganância, dos assassinatos e dos roubos, em detrimento dos interesses marroquinos, que seja local, regional ou a nível internacional.

Os governantes da Argélia, por mais de 60 anos, consideram a integração marroquina, sacrifício e tragédias para toda a região, face à ocupação estrangeira em suas novas formas de colonização.

Tais fatos históricos e da legitimidade internacional refutam as pretensões argelinas, diante dos sultões referendo as décadas do Moravides, almofadas e Marinedes, Ouat Assins e Alauitas, defendem um magreb árabe unido, século XII, XV, sob o domínio romano, dos sultões otomanos ou ainda dos colonizadores Franceses e europeus do XIX.

Hoje, a ingratidão, a conspiração, a traição, constituem alguns parâmetros da ideologia separatista do regime argelino, do pensamento filosófico, comunista, fasista de ação militar, decorrente da diplomática e midiática.

Esta guerra denominada de múltiplas Frentes desnortea e abala os direitos humanos, titulo da expulsão de mais de quarenta mil marroquinos da Argélia, dos anos 70 e 80, arbitrariamente, despojando-os de forma ilegal de seus bens e patrimonios, diante da politica do rei de Marrocos, 1972, 1975, ao proclamar a marcha verde para liberar o saara marroquino dos colonos espanhois.

Tal fato constitui o ponto que transbordou o copo de água, manchando Argélia, sua conduta, apesar da mão estendida para normalizar as relações, abrir as fronteiras, dos problemas econômicos e comerciais.

A ideia das escaramuças dos militares nas fronteiras marroquinas causa atrito esporádico de comandos argelino, em Tindouf, visando as localidades do Ain Ben Tilli, cujos exércitos argelinos e as milícias da polisario provocam tensões, além do roubo e da violação de cessar fogo, e da corrida armamentista…

Guerra de Amgala,

A guerra de Amgla, em 27 de janeiro de 1976, tem sido uma batalha relâmpago do exército argelino e milícias, separatistas da polisario, contra as forças armadas reais marroquinas; as táticas do exército marroquinos acabaram expulsando um batalhão de 400 soldados argelinos, com as milícias da Polisário. O general Ahmed Dlimi, sob a instrução do falecido rei-Hassan II, derrotou os invasores,  e os colonos argelinos abandonaram o campo de batalha de forma humilhante.

Consequências disso, capturar mais de 120 oficiais e soldados argelinos, dos quais o atual Chefe do Estado-Maior, Saeed Chenegriha, um dos articuladores da batalha, manipulando a frente “Polisario”, como Movimento de Libertação, ou “República Árabe Saharaui Democrática”.

Algumas fases

Alguns momentos após o Acordo de Madrid, pondo fim ao colonialismo no Saara, janeiro de 1976, no momento em que o regime argelino começa a implantar pregos no caminho da resolução, anti-autodeterminação do saara marroquino, exaurir a região saharaui, economicamente e politicamente, sob o título dos direitos humanos.

Esta manipulação do regime argelino, desprovido de qualquer direito e legitimidade internacional, tem por objetivo agravar o drama humano, nos campos de Tindouf, espezinhando seus valores, sem pudor e vergonha.

Apesar de tudo isso, o Marrocos conteve seu temperamento, absteve-se a responder da mesma arma; continuando a desdenhar e abster-se de cometer reações retaliatórias ou cometer qualquer dano contra seu vizinho oriental, dada a mão estendida ao diálogo e à reconciliação.

 Corrida armamentista  

Em janeiro de 1976, as ameaças argelinas são visiveis, assiste-se a um aumento de 25% no seu orçamento militar; preocupando o futuro da região, dissimulando técnicas militares, aumentando os reservistas, posicionados na fronteira marroquina, quase 50.000 (cinquenta mil) soldados.

Assim, o regime da Argélia revela o nível de sua capacidade, consciente das consequências de qualquer ação militar, porque a guerra não compra paz, apesar das provocações, da arrogância e do exibicionismo militar.  Ûltimas compras no orçamento militar argelino foi de quase 2,2% em 2022, aproximadamente US$ 42,7 bilhões. Elevando a corrida entre a África do Norte com (49%), e África Subsaariana (51%) do PIB.

Tal regime militar na Argélia mantém uma posição e conduta anti-marrocos, 27 de Janeiro, o comando argelino, dos campos de Tindouf, meio pelo qual  os ataques para Ain Ben Tili, utilizando avião F-5, e míssil 6 SAM de fabricação soviética.

No mesmo mês, o exército argelino tentou nas fronteiras, a 300 km, no solo marroquino. O oficial Qaid Saleh, pretendido comandante supremo do Exército Nacional Popular, sob a presidência de Abdelaziz Bouteflika.  Sem escrúpulos, abandonou Bouteflika, mas, através de um discurso, veiculado pela mídia, destituindo o presidente, até então foi o seu principal aliado.

O qual foi contrariado ao apresentar a sua renúncia, o general Khaled Nizar lhe acusou de ter fugido da batalha de Amgala, deixando as forças vulneráveis ??à derrota.

Nessa batalha, as Forças Armadas Reais marroquinas sitiaram as forças agressoras, capturando mais de 120 oficiais e soldados, dos quais o atual Chefe do Estado-Maior, Saeed Chenegriha, hostil a Marrocos, a quantidade importantes de armamento pesado, mísseis do Tipo Sam 6 e Sam 7, mísseis terra-ar, além de uma quantidade de combustível de 50.000 (cinquenta mil) litros.

Tais realidades impedem qualquer aventura argelina ou ação militar, catástrofe para ambas partes, circunstâncias e conjunturas, não deixam nenhuma razão, mas permite uma visibilidade sobre o vizinho oriental.

Forças armadas

As Forças Armadas Reais entraram nas batalhas para defender as terras, agindo em duas frentes, uma frente nas brechas de fronteiras, e outra na resistência das milícias separatistas.

Tais milícias da Polisario, suas agressões, partem do solo argelino, em direção do território marroquino. Quando atacam uma cidade ou uma zona tribal, eles raptam as pessoas para Tindouf, sudeste de Argel, sob a complicidade do regime argelino, tendo em vista a despistar, a desnortear ou a confundir a comunidade internacional.

De fato, alguns países da África ou da América Latina, aliados ao regime argelino, desorientados cujas correspondências e cartas para a cidade do Laayoune, a título da capital dos separatistas, uma vez que o nome foi atribuído aos acampamentos, separatistas, de forma a confundir e enganar a comunidade internacional.

Assim, os governantes da Argélia não detém uma política clara sobre a questão marroquina,  a intervenção militar nos assuntos políticos, o desequilíbrio nas relações, a opinião pública e a sociedade civil, além do movimento separatista, da autodeterminação, espezinhando uma guerra fria, trás de um Estado artificial, “República Árabe Saharaui Democrática”.

Objeção

Interrogando sobre quem criou esta entidade imaginária, sem requisito na civilização humana, sobrevivência e autonomia para manter suas relações diplomáticas, defendendo planos, sem por trás um regime militar herança da guerra fria?

São aqueles governantes dominantes das receitas do petróleo e do gás, detentores do grupo separatistas, polisario, fornecedores de armas, travando agressão por procuração, investindo maciçamente na mídia, nos lobbies para avançar numa causa sem razão de existir, contra o país vizinho?

Em 1984, as milícias separatistas surgiram repetidamente derrotadas, mantindo as suas posições na Argélia, o Marrocos garante a sua segurança nas regiões do sul, através do muro de segurança; e dos acordos internacionais, enquanto o regime argelino com novas temáticas, Sr Adam Kodjo, secretário  da Organização da Unidade Africana, por meios ilegais, trauma, visando o reconhecimento da república fantasma. Mas as Nações Unidas, a Organização Não-Alinhada ou ainda da Liga Árabe, conscientes do motivo da entidade fantasma, anti-integridade do estado soberano, Marrocos.

 Desdobramento

Os bastidores da Organização da Unidade Africana constituíram um cenário  degradante dado o  mercado de barganha sob a compra e a venda dos votos, situação denunciada a nível internacional, como a ajuda humanitária internacional para os campos de Tindouf, sudeste da Argélia, envolvendo muito dinheiros e recursos, desviados por polisario, frente separatista, através do suborno, como o navio carregado de petróleo, oferecido pelo regime militar, além de outros favores, sacolas cheias de dólares para os chefes e delegação que apoiam o extremismo, contro Marrocos e sua integridade territorial.

Finalmente, os governantes da Argélia levados pela ambição de expansionismo, eles desperdiçam suas  cartas, dadas crescentes apelos dos governantes africanos, da União africana, ignorando  qualquer ação argelina, baseada sobre ódio, violação dos direitos humanos, manipulação de um grupo, da frente separatista da polisario, anti-integração de Marrocos, em detrimento da estabilidade do sahel e saara.

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI. Pesquisador universitário-Rabat, Marrocos

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