A já conhecida sigla ESG (Environmental, social, and corporate governance) se trata, de forma genérica, da reunião de práticas das empresas em relação ao meio ambiente, responsabilidade social e governança dentro das empresas. Segundo a PAIC (Pesquisa Anual da Indústria da Construção), o setor de construção (um dos pilares da economia nacional) movimentou, em 2020, mais de R$344 bilhões.
Diante desse cenário, vemos os olhares atentos de gestores do setor para entender melhor o ESG e qual é seu real papel na construção. Um dos ‘enganos’ mais comuns é imaginar que o ESG só se aplica em grande escala. Muitas vezes, bastam pequenas mudanças de processos e estruturais para que a transformação comece a acontecer dentro da indústria de base.
Um exemplo é a digitalização de documentos, reduzindo drasticamente o volume de papéis utilizados e, consequentemente, a necessidade do corte de novas árvores. Além disso, quando as indústrias do segmento apostam na automação, muitas vezes por meio de IoT e geoprocessamentos, conseguem diminuir o índice de erros humanos, gerando insights mais assertivos para tomadas de decisões e, claro, ganho de performance e escala em campo.
Outra mudança que pode ser implementada, ainda seguindo a linha de aplicar tecnologias na construção, é o monitoramento em tempo real das máquinas em campo, com a possibilidade de observar índices importantes, como queima de combustíveis, ociosidade das máquinas e até mesmo a forma de direção de cada motorista.
Como comentei anteriormente, é preciso que os gestores da cadeia industrial voltada para construção ampliem seus pontos de vista sobre ESG e entendam que o importante é começar com pequenas mudanças, para gerar grandes impactos em todo esse ecossistema. Pode ter certeza que todos sairão ganhando.
Autor:
Vinicius Callegari é Co-Fundador da GaussFleet, maior plataforma de gestão de máquinas móveis para siderúrgicas e construtoras.
Ótimo e esclarecedor artigo.