A maioria das cidades possuíam lixões a céu aberto, passando a construírem os aterros sanitários com a intensão em enterrarem os entulhos recebidos diariamente. Em decorrência de precariedade da má educação e formação ética tanto da população e quanto dos governantes, por não fazerem campanhas incentivando a separação e descartar os entulhos em locais corretos, a grande maioria da população não contribui em separar os materiais como, por exemplo, vidros, plásticos, papéis, papelão, madeiras, isopor, tecidos, alumínios, ferros, restos de materiais de construção, orgânico etc. Como falta vontade e consciência ética em repensar qualidade de vida coletiva, esses entulhos que são considerados resíduos sólidos são lançados em terrenos baldios, caçambas e de forma criminosa em Áreas de Preservação Permanentes, nas ruas, beiras de rodovias, residências abandonadas e até mesmo nas orlas de represas, nas margens e nos leitos dos rios, ao qual nos deparamos com a visão de móveis, garrafas e até mesmo peças de automóveis sendo levados pela correnteza dos rios. Havendo as destruições fauna e flora, com prejuízos ao solo em desertificá-lo, erosão, chorume, servindo de habitat para proliferações de animais peçonhentos, roedores e insetos, provocando doenças a população local como, por exemplo, leptospirose, xicunguia, dengue, picadas de escorpião etc. Ora, além de enfeiar as cidades e as paisagens naturais, os entulhos provocam enchentes por causa do acúmulo em galerias nas redes de esgoto; poluição do ar pelas toxinas causadas com os mesmos são queimados. Os aterros sanitários prestam um desserviço ecológico quando não possuem tratamentos em separar cada material contido no entulho que chega no caminhão da coleta, há dano sério no solo, subsolo pelo chorume, contaminando o lençol freático com metais pesado, reduzindo o ciclo de vida ambiental por ser uma área de grande impacto pelo acúmulo de bactérias. A separação e a reciclagem com o destino final para as indústrias e comércios e os materiais orgânicos com a prática de usina de compostagem servem para adubar as praças, jardins e hortas comunitárias por serem nutrientes naturais não necessitando de agrotóxicos. E o chorume ao passar pelo processo de usinagem elétrica tem como serventia gerar energia renovável a manutenção da usina de reciclagem dos entulhos. Construir usina de reciclagem de entulhos é reduzir a utilização de áreas que servirá para set poluída e inutilizadas para reflorestamento e até mesmo reduzindo nascentes e desabrigando animais como os saguis, araras, tucanos e desmatando plantas e árvores nativas da região. É necessário preservar o ambiente para as futuras gerações obterem qualidade de vida ecológica. Perfazendo a política de paz ambiental.
Autor:
João Francisco Mantovanelli, Especialista em Direito Urbanístico e Meio Ambiente
