O grupo, com cerca de 40 pessoas, pagou 10 mil dólares, mais de 50 mil reais para participar do Burning Man, um festival de artes e música que aconteceu no estado de Nevada
O festival foi realizado entre os dias 28 de agosto e 5 de setembro e reuniu 80 mil pessoas de vários países para viver uma experiência comunitária e artística, em centenas de acampamentos espalhados pelo deserto de Black Rock, a duas horas da cidade mais próxima.
A Black Rock City foi a metrópole temporária, erguida pelos próprios participantes que nos dias do Festival viveram em barracas de camping e motorhomes, dispostos de uma forma organizada e numa convivência harmoniosa.
O evento deste ano marcou a retomada das instalações presenciais de arte com destaque para o Portal Interdimensional de espaço-tempo; o Templo de Máscaras e o incrível drive-thru alienígena. O tema foi sonhar acordado.
“Foi uma experiência única e inesquecível. Aproveitamos bastante o intercâmbio com o nosso grupo que tinha 180 pessoas de diferentes países”, conta o mineiro Eduardo Heluany que pagou em torno de 1.500 dólares, cerca de 7.500 reais, pelo ingresso no Festival, o acesso à área de acampamento e por uma barraca com colchão e ar-condicionado que ele dividiu com a namorada, também brasileira. “Não faltou água, nem luz e as condições do acampamento foram ótimas, como eu esperava. Eles entregaram tudo que prometeram”, completa Eduardo que só deixou o Festival no último dia.
Mas a experiência do amigo de Eduardo foi oposta. O nômade digital, Thiago Finch, foi ao mesmo festival, mas não teve a mesma sorte. Ele estava acompanhado da namorada e juntos pagaram R$ 20 mil dólares, cerca de 100 mil reais, para estar no Burning Man.
Os primeiros contatos foram feitos por meio de um amigo brasileiro que apresentou os líderes do acampamento. Foram eles que ofereceram um pacote de mordomias adicionais, que incluía tenda Yurt, bicicletas elétricas para circular pela área do Festival e Refeições diárias completas, entre outros. “A gente estava pagando mais para ter um pouco de conforto num lugar onde já se sabia que enfrentaríamos alguns perrengues”, lembra Thiago.
A proposta do Burning Man é fazer com que as pessoas tenham a experiência de uma vida mais selvagem, em que precisem se integrar à comunidade para solucionar pequenas demandas do dia a dia. “Eu cheguei um dia antes do previsto para montar a minha barraca e ajudar na montagem de outras barracas. Era comum circularmos entre as comunidades trocando produtos como comida e bebida”, relata Eduardo.
Já Thiago esperava encontrar mais facilidades e aproveitar os dias, para curtir a parte artística do Festival. Ele dirige filmes e foi recentemente convidado para participar de produções em Hollywood.
Thiago chegou no dia em que o Festival começou, mas foi frustrante. Nada do que foi prometido estava funcionando, segundo ele “Não havia água nos chuveiros, nem nos bebedouros. A energia vinha de um gerador que funcionava 15 minutos e apagava. Com isso, a comida que estava na geladeira estragou e o ar-condicionado das barracas não funcionava. É verão nos Estados Unidos e em Nevada a temperatura passa de 40 graus. E o pior é que no deserto não tem a sombra de uma árvore”, conta ele.
Foram dias de sufoco para Thiago e o grupo de brasileiros que estava nesse acampamento. O grupo ainda tentou solucionar o problema com os responsáveis, mas não adiantou porque eles sumiram.
Todos perceberam então que tinham sido vítimas de um golpe e foi quando decidiram voltar para casa. Thiago fez questão de denunciar o descaso como os brasileiros foram tratados e disse que vai entrar com uma ação para responsabilizar os donos do acampamento.
Mas a situação dos brasileiros não foi isolada. Houve problemas também em outros acampamentos, o que obrigou a organização do Burning Man a se pronunciar pior meio das redes sociais.
Os organizadores reconheceram o problema e anunciaram que vão revogar as autorizações para os acampamentos que realizaram essa prática, chamada de mercantilista e que, segundo os organizadores coloca em risco o futuro do evento e corrompe sua proposta inicial. “É um festival anual que atrai muitos brasileiros e gente de todas as partes do mundo e todos precisam ter cuidado na hora de contratar o acampamento, que é a única forma de hospedagem para o Festival”, alerta Thiago Finch.
Sobre Thiago Finch
Thiago Finch é internet marketer e Nômade Digital desde 2013. Criou estratégias que fizeram dele um milionário em 2016, aos 21 anos. Nos últimos 6 anos vem aumentando o patrimônio ano a ano. Suas estratégias viraram um curso que só no primeiro lançamento faturou mais de 20 milhões de reais.
Instagram: www.instagram.com/thiagofinch
Facebook: www.facebook.com/thiagofinch
LinkedIn: Thiago Finch
YouTube: Canal do Thiago Finch
Autoria:
Ageimagem