O câncer colorretal é o terceiro câncer mais comum em brasileiros
O câncer colorretal é um tumor que ocorre no intestino grosso, nas partes chamadas cólon, reto e ânus. Também é conhecido como câncer de intestino ou de cólon e reto. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer é um dos três que mais atingem os brasileiros, atrás somente dos cânceres de mama e de próstata. Em 2020, 40.990 pessoas receberam o diagnóstico da doença, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres, além de aproximadamente 20 mil óbitos em decorrência desse tipo de câncer.
A doença, inclusive, causou a morte de Patrícia Perissinotto Kisser, mulher do guitarrista Andreas Kisser, da banda Sepultura, aos 52 anos, em julho deste ano. Também causou a morte do ator americano Chadwick Boseman, muito conhecido pelo seu papel em Pantera Negra, aos 43 anos, em agosto de 2020.
O tumor surge por conta de alterações em genes que fazem com que as células não consigam corrigir defeitos no DNA e em genes que favorecem o escape dos controles normais de crescimento e fazem com que as células se dividam incontrolavelmente. Essa alteração nos genes pode ser herdada dos pais, mas também pode ser adquirida pelo indivíduo durante a vida devido ao ambiente e ao estilo de vida. Cerca de 75% dos casos são esporádicos, ou seja, ocorrem mesmo sem mutações genéticas hereditárias.
Os outros 10% a 30% dos casos contam com histórico familiar. Desses, até 10% têm mutações herdadas em genes, como APC, TP53, MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2, e são compartilhadas entre os membros da família. O restante dos casos está relacionado a hábitos e estilo de vida comuns entre os familiares.
O câncer colorretal ocorre mais comumente a partir dos 50 anos de idade. A obesidade, o estilo de vida sedentário e a má alimentação (pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras) podem aumentar o risco de desenvolver esse tipo de câncer.
Entre os principais sintomas da doença estão sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados), dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes e massa (tumoração) abdominal. Porém, nos estágios iniciais, quando há maior chance de cura, é comum que não haja sintomas, o que torna a detecção precoce mais difícil.
O câncer colorretal possui tratamento e é curável. Quanto mais cedo for diagnosticado, maior a chance de cura. A detecção precoce do câncer, ou seja, quando o tumor é descoberto em sua fase inicial, possibilita maior chance de um tratamento bem sucedido.
Ainda, é possível descobrir se há predisposição genética que aumenta o risco de desenvolver o câncer colorretal com os testes genéticos. A melhor opção de teste genético é o meuDNA Premium: com apenas uma amostra de saliva, é possível ter seu DNA sequenciado pela tecnologia de Sequenciamento de Nova Geração, que lê os genes por completo e identifica mutações que podem alterar o funcionamento normal da célula e aumentar o risco de desenvolvimento de doenças.
O resultado do teste indica se a pessoa é portadora de alguma mutação que pode aumentar o risco de desenvolver doenças, como o câncer colorretal. Com essa informação, o portador pode traçar um acompanhamento individualizado com o seu médico e realizar medidas preventivas para minimizar o seu risco.
Na maioria das vezes, o câncer colorretal se inicia como um adenoma, que é um pólipo ainda benigno e que pode ser removido de forma precoce, evitando o surgimento do câncer. Por isso, é importante diagnosticar precocemente e se alertar caso haja predisposição genética à doença ou histórico familiar. Como outros tipos de câncer, o câncer colorretal apresenta maiores chances de cura se diagnosticado precocemente.
Autora:
Larissa Zerbini
Ótimo artigo, muito bom!