Hoje não se discute mais. O mundo muda a cada instante, chegando às vezes à beira do caos. Primeiramente era o mundo V.U.CA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo). Um mundo volátil é aquele onde as coisas mudam a todo instante, é incerto porque se é incapaz de prever o que vai acontecer, é complexo porque é preciso analisar um excesso de variáveis antes de tomar uma decisão, é ambíguo, pois existem muitas informações contraditórias, incompletas ou até imprecisas que dificultam as decisões.
De 2020 em diante passamos a viver no mundo B.A.N.I (Frágil, Ansioso, Não Linear e Incompreensível) um mundo muito mais complexo que o anterior. Muitos acham que a situação surgiu por conta da pandemia ou pela situação que o mundo vive agora. O mundo B.A.N.I. apenas potencializou aquilo tudo aquilo que sentimos no pior momento da pandemia, um mundo frágil porque tudo tende a se despedaçar com muita facilidade, como um copo de cristal. Ansioso porque se tem a sensação de que tudo que se faz é pouco para se resolver um problema. É não linear, pois cada etapa da resolução de um problema tem a sua regra e finalmente incompressível, pois os cenários mudam a todo instante.
O líder hoje está inserido neste contexto em que tudo é muito frágil e complexo e para se obter resultado é preciso ser antifragil. O conceito de antifragidade foi criado por Nassim Nicholas Taleb, professor de riscos da Universidade de Nova York. Conforme o autor podemos categorizar o que acontece no mundo em três categorias: O frágil, quando ao menor sinal de volatilidade tudo se despedaça, o robusto quando se consegue resistir a mudança, porém existe dificuldade em resolver uma situação e o antifrágil onde quando as mudanças acontecem, geralmente sucedidas pelo caos e é possível se beneficiar com isso.
Sendo assim um líder antifragil é aquele que não se deixa paralisar diante de uma situação, não perde o controle, sabe que não se pode manter a situação sob seu controle o tempo todo e compreende que precisa preparar a sua equipe para conviver com o novo a todo o momento. Enquanto ele prepara a equipe para um mundo volátil e incerto o líder utiliza conhecimentos de gestão, desde os mais tradicionais até os mais modernos para tornar sua equipe robusta, aquela que no ditado popular se diz que “enverga, mas não se quebra” utiliza para isso a Estratégia Barbell. Essa estratégia diz que devemos manter de 80% a 90% de nossos ativos financeiros em investimentos de baixo risco, ou seja, ela pode ser usada também quando o assunto é conhecimento em gestão, afinal Taleb costuma dizer que se um conhecimento é perene é porque ele é antifragil.
Para finalizar defino Liderança Antifrágil como sendo um estilo de conduzir pessoas frente ao caos, não é um copo de cristal que se despedaça quando cai ou uma árvore que se quebra em uma tempestade, e sim é como uma Fênix que renasce das cinzas.
Vamos refletir e sucesso!