Soluções práticas e modernas que destacam a beleza de ambientes têm sido cada vez mais utilizadas por proprietários e projetistas. Nesse sentido, os tetos em gesso ganham força, uma vez que trazem sofisticação e versatilidade aos espaços internos. No entanto, não são raros os casos noticiados em que tetos de estabelecimentos desabam e provocam graves acidentes. Uma das causas relacionadas é a qualidade dos materiais e o tipo de arame utilizado para garantir a sustentação do gesso e a segurança daqueles que utilizam o espaço.
Atualmente, existem dois principais tipos de gesso: o convencional, predominantemente puro. E o acartonado, também chamado de drywall, que consiste em uma placa feita a partir de gesso e papel cartão. Para a instalação de ambos, o arame é utilizado para prender a placa na estrutura, formando o forro.
No mercado de construção civil, os arames destinados a este tipo de aplicação eram vendidos generalizadamente, sem especificações exclusivas para o gesso. Hoje, este cenário mudou. Para evitar a ocorrência de acidentes, é preciso que os materiais adquiridos estejam dentro de normas regulatórias, como a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR 15758, que estabelece as diretrizes necessárias para projetos e seleção de sistemas construtivos de paredes em chapas de gesso.
Benefícios dos arames adequados em estruturas de gesso
Anteriormente, em parte pela falta de informações, muitos profissionais utilizavam material inadequado em estruturas de gesso, sem ao menos saber que influíam uma norma. Isso perpassa ao fato da vistoria dos órgãos responsáveis e pela divulgação pública dessas informações. Se antes bastava um gesso de qualidade para sustentar e prevenir futuros incidentes, atualmente, exige-se que construtoras e atuantes do setor inspecionem com muito mais atenção suas obras.
Além da questão de segurança, há outro ponto fundamental para a escolha dos arames a serem utilizados na sustentação do gesso: a sua manutenção. Diversos profissionais da área de construção civil, ou até mesmo os proprietários das obras, optam por arames de espessura menor por serem mais baratos. Entretanto, os gastos com a manutenção podem ter um peso ainda maior na balança.
Isto porque alguns fatores externos, como vento, chuva e umidade, fazem com que as placas de gesso fiquem muito instáveis e, com arames de sustentação mais finos, podem surgir fissuras que exigem manutenção e reparação, que, por vezes, são mais onerosas do que a própria instalação do material.
Desta forma, é fundamental garantir que as estruturas de gesso sejam criadas a partir de materiais de qualidade e apropriados para cada aplicação específica, com intuito de reduzir custos de manutenção, promover benefícios econômicos e, principalmente proporcionar a segurança daqueles que utilizam o espaço.
Autor:
Anderson Silva é supervisor da Morlan, metalúrgica brasileira com forte atuação nos mercados de agropecuária, construção civil e industrial.