23.9 C
São Paulo
terça-feira, 23 de abril de 2024

O papel da mulher na sociedade em pleno século XXI

Na história da humanidade a mulher teve uma educação diferente da que era oferecida ao homem, sendo educada para servir e o homem para ser o seu senhor. Quando ainda na casa dos pais, era dominada pelo pai ou então, pelo irmão mais velho e, ao se casar, esse domínio passava ao marido que exercia sua autoridade, sendo a mesma, tratada como um objeto. Platão, em sua Teoria das Ideias segundo Amorim (1987), reconheceu a capacidade e razão das mulheres e dizia ser dever do Estado, sua formação e educação. Já Aristóteles, discípulo de Platão, discordava de suas ideias e sua visão distorcida perdurou até a Idade Média, onde a Igreja as acatou. A luta das mulheres por seus direitos e pelo seu reconhecimento como pessoa surge então, para que possam ser valorizadas e aceitas pela sociedade como seres capazes de contribuir com o desenvolvimento do país. Na educação ministrada pela Igreja no Brasil-colônia conforme Pimentel (1998), a mulher não estava inclusa, devia obediência ao pai ou ao marido, seguir a religião e tinha pouco contato com o mundo exterior. Realizava trabalhos domésticos e manuais, conhecendo somente suas obrigações.

A Constituição de 1824, fez com que surgissem escolas que ministravam a educação de ensino primário para mulheres, mas, mesmo assim, deviam estar voltadas aos cânticos, aos trabalhos domésticos e manuais e não podiam frequentar escolas masculinas (NASCIMENTO, 1996). A partir do século XX a mulher começou a ter acesso à educação, mas inicialmente aquém em relação aos homens e na década de 1960 seu trabalho ainda não era qualificado dentro dos setores industriais. Conforme Valdéz & Gomáriz (1995), na década de 1980 houve progresso na educação, onde a mulher começou a conquistar postos de trabalho. Já nos final dos anos 90 era superior aos homens a percentagem de aumento de mulheres empregadas, tendo em vista seu nível educacional ser o maior que o deles. Mesmo assim, a remuneração feminina em sua maioria, é mais baixa que a dos homens, mas concorrem de igual para igual, demonstrando competitividade e capacidade de tomar frente em diferentes situações (BIANCHI; PASTORE, 1998). Como se percebeu, o mundo da mulher passou e vem passando por transformações através da conquista de liberdade, nível educacional, redução familiar e também, por poder contribuir no orçamento doméstico. Percebe-se que a disciplina e o talento profissional estão transformando a mulher e tornando-as concorrentes dos homens dentro do mercado de trabalho. Segundo Hirata (1991), essa competição profissional acirrada faz com que haja avanço na qualidade e produtividade do trabalho que pode ser desenvolvido tanto por mulheres quanto por homens. Portanto, esse estudo visa analisar a evolução da mulher no contexto social no sentido de admitir seus direitos

constantes na Constituição da República Federativa do Brasil (1988), bem como prestar justiça em suas conquistas pessoais e profissionais, tendo em vista se pregar a igualdade entre ambos os sexos. Tendo a mulher o direito de participar de forma ativa no Governo, no trabalho, no voto e na família, é um sujeito que deve ser respeitado como tal.

A grande dificuldade está em o homem aceitar esse avanço e considerar a mulher capaz do exercício de certas atividades. A relevância aqui destacada está na análise e importância da participação da mulher na sociedade, no mundo do trabalho e na conquista de seus direitos. Torna-se viável devido ser um assunto discutido e estudado por diferentes disciplinas, as quais procuram valorizar a mulher como ser social e capaz de desenvolver-se como pessoa e como profissional. Considerando o exposto, justifica-se a busca de novos estudos e conhecimentos acerca do assunto para que se possa estar cientes do que realmente se pode fazer em prol de uma sociedade carente de saberes. O interesse está em procurar saber a evolução das conquistas da mulher e como a mesma pode através de seus conhecimentos galgar patamares cada vez mais elevados em prol de uma sociedade que necessita de pulso firme para atingir seus objetivos. Sem a arrogância de acreditar poder fornecer a consistência necessária para que haja uma conscientização, almeja-se contribuir de forma modesta, para o ciclo das transformações sociais que a sociedade brasileira contemporânea através dos tempos vem passando.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PIMENTEL, Sílvia. A mulher e a Constituinte: uma contribuição ao debate. São Paulo: Cortez, EDUC, 1985.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1824.

CANOTILHO, J. J. GOMES. Direito Constitucional e Teoria Da Constituição. Coimbra: ALMEDINA. 1998.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.

Autor:

Prof. Dr. Rinaldo Melo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Leia mais

Patrocínio