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domingo, 17 de março de 2024

Técnicas de Exposição de Produtos em Vitrines

O Que é Indispensável Conhecer Para a Composição de Uma Vitrine? Como se Dividem a Composição de Uma Vitrine? Como se Subdividem as Técnicas de Exposição do Produto?

Qualquer produto exposto em uma vitrine deve estar disposto de forma atraente e equilibrada com os materiais, equipamentos, estrutura e outros produtos que poderão fazer parte dessa exposição.

Tal exposição exige uma técnica e, sendo assim, é preciso perceber e compreender os diversos formatos para a composição dos produtos em uma vitrine.

Dessa forma, surge a necessidade de conhecer alguns conceitos básicos a fim de alcançar o objetivo de atrair o cliente à loja para que a venda se concretize.

Para trabalharmos com composição, é indispensável conhecermos o espaço da vitrine, respondendo a perguntas como: Como é esse espaço? Qual o seu tamanho, seu formato e o seu tipo? Será nesse espaço – escolhido por você – que serão realizadas as exposições.

Ele poderá ser de diferentes formatos e tamanhos, bidimensional ou tridimensional. Além do espaço da vitrine, as linhas e as formas também são elementos importantes que fazem parte de uma composição e que auxiliarão a exposição dos produtos de forma mais organizada e eficiente.

Os elementos da composição de uma vitrine se dividem em:

  • LINHAS – A linha é a sucessão de pontos e pode fazer um espaço se tornar maior ou menor, acolhedor ou dinâmico. A exposição de produtos pode, utilizando a linha, transmitir diferentes sensações. Exemplos: Reta Horizontal – Transmite sensação de calma, repouso e estabilidade. Reta Diagonal – Exprime ritmo, dinamismo e agilidade. Curvas – Sugerem fluidez, graciosidade e feminilidade.
  • FORMAS – São as linhas exteriores dos objetos ou a somatória de todos os elementos que compõem a vitrine. Consistem na interação entre o objeto principal (produto) e os outros elementos de composição. Por meio das formas, induzimos o olhar do cliente. A forma faz com que o vitrinista se preocupe com o detalhe sem perder a noção do conjunto. Por esse motivo, a forma irregular transmite a sensação de bagunça, de amadorismo.

As formas podem ser:

  • Geométricas – Possuem sua estrutura básica geométrica e suas variações.
  • Orgânicas – Refletem manifestações da natureza, expressando emoção, prazer e movimento. Não possuem estrutura geométrica. Exemplos: rios, nervos, raízes de árvores, descargas elétricas. Um dos aspectos é a ramificação. Podem ser bidimensionais ou tridimensionais. Bidimensionais e tridimensionais – Apresentam volume, e o cliente tem visualização por todos os lados.

Diante disso, vamos seguir adiante e explorar melhor a COMPOSIÇÃO, tomando por base o que você já conhece sobre os seus elementos (Linhas e Formas).

A COMPOSIÇÃO permite diferentes combinações que podem deixar a vitrine mais organizada e vendável. Ainda podemos variar a exposição de forma que sejam criadas inovações visuais que atraiam o cliente.

As Técnicas de Exposição do Produto, que se subdividem da seguinte forma:

  • SIMETRIA – Os elementos são distribuídos a partir de um eixo central, de modo que os dois lados do espaço dividido sejam equivalentes em forma, cores e peso. Pode ser de dois (2) tipos: (A) Simetria Rígida – Estabelece um eixo central e, a partir dele, a distribuição dos produtos será feita, de modo que uma metade seja reflexo fel da outra. (B) Simetria Variável – A composição respeita o eixo central, mas a disposição dos elementos nas suas metades é mais livre, podendo ser de diferentes formas e iguais tamanhos.
  • ASSIMETRIA – é a distribuição desigual dos elementos em ambos os lados de um eixo central. Os produtos podem ser de diferentes tamanhos e formas, mas o importante é respeitar o eixo central. Portanto, uma vitrine é considerada assimétrica mesmo quando não existem produtos nos dois lados do eixo.

Além das Simetrias e da Assimetria, também podem ser aplicadas outras técnicas de exposição em uma vitrine, tais como:

  • REPETIÇÃO – é a sequência de elementos em intervalos de espaços iguais. A composição se repete por toda a vitrine. Não se trata da repetição de produtos idênticos, mas da repetição da técnica de exposição, variando quanto à forma, ao tamanho ou até mesmo aos produtos, desde que sejam respeitados os espaços.
  • RITMO – Os elementos são dispostos em intervalos iguais ou alternados, desde que respeitem uma sequência de movimento, como, por exemplo: para baixo/para cima; para cima/para baixo; ou direita/esquerda; esquerda/direita.
  • IRRADIAÇÃO – Os elementos partem de um determinado ponto por meio de linhas divergentes ou convergentes, ou seja, os produtos são direcionados para um ponto principal, o que não precisa necessariamente para a parte central da vitrine.
  • UNIDADE – Os objetos – que devem estar relacionados uns com os outros – se agrupam formando uma unidade ou um conjunto. Esse tipo de composição é recomendado quando a loja não vende uma gama de produtos muito variada.
  • VARIEDADE – Essa composição é mais usada quando a loja possui uma variedade muito grande de produtos ou quando os próprios produtos variam quanto à forma, à cor e ao movimento. Os produtos são agrupados e, para cada grupo, também pode ser trabalhado um outro tipo de composição (Simetria, Irradiação etc.).

A variedade quebra a monotonia do conjunto. DICA: É necessário o uso de pequenos espaços entre os grupos de produtos para que seus estilos fiquem mais evidentes na exposição.

  • CHEIOS E VAZIOS – Os cheios são as montagens dos grupos nas vitrines, que podem ser de mercadorias ou de elementos decorativos. Os vazios são os espaços existentes entre um grupo e outro ou entre uma forma e outra. Cheios: Dão a entender que a loja comercializa produtos de baixíssimo custo. Vazios: Facilitam a compreensão do produto. Sem os vazios, a composição se torna confusa. Os espaços servem para dar clareza na visualização dos objetos, tornando, assim, a composição mais agradável.

Dependendo do tamanho dos produtos e da quantidade exposta, as distâncias podem mudar. Mesmo que a loja necessite expor uma grande quantidade de produtos (como uma vitrine de cosméticos) é necessário o uso de espaços para que fique clara a diferença entre os grupos de produtos.

OBSERVAÇÃO: Uma Vitrine Poluída é aquela que possui excesso de elementos decorativos, utilização errada dos espaços, falta de vazio, excesso de cores, mistura de tipos de elementos decorativos etc.

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Julio Cesar S Santos
Professor JULIOhttps://profigestaoblog.wordpress.com/
Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial, especialista em Marketing Estratégico

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