I
O cabo do machado é da mesma madeira da árvore que derruba.
II
Quando o mundo desabou, não senti nada. Não foi transcendência. Foi cansaço.
III
Trinta dias de guerra. E o mundo segue igual….
IV
A última palavra que me escapou da boca trouxe ao mundo a expressão do que eu nunca disse.
V
A língua dos tolos é uma arma mais afiada do que a katana do melhor samurai.
VI
Ah….os instantes de silêncio antes da tempestade.
VII
Como fogo, Queima o silêncio Das horas quePasso em tuaAusência…
VIII
Os sonhos fazem a noite ou a noite faz os sonhos?
IX
Para onde vão os sonhos não sonhados?Que se fazem com as palavras jamais ditas, as juras de amor reticentemente guardadas e os olhos que se fecharam antes da última mirada?
X
Os estrangeiros não têm língua.
XI
O ser nunca se limita a ser tão somente aquilo que é.
Autoria:
Ariel Von Ocker é escritora, psicanalista, poliglota e acadêmica de Letras e História. Também já trabalhou no teatro como dramaturga e atriz. Autora com seis livros publicados, atua desenvolvendo pesquisas na área da psicanálise, literatura sob perspectivas historiográficas e estudos deIkebana gênero.Atualmente é editora-chefe na Revista Ikebana, redatora no Jornal Tribuna e colunista no Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica, além de participar da iniciativa Projeto Simbiose, juntamente com Michelle Diehl e Cristina Soares.Contato: @ariel_von_ocker
Ótima poesia, parabéns.