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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

A Imagem do Empresariado Brasileiro

Qual é a Imagem do Empresário Brasileiro Perante os Consumidores? Por Que Muitos os Enxergam de Forma Negativa? Qual é a Realidade Empresarial Brasileira?

Nas sociedades pré-industriais o principal meio de acumular riqueza era retirá-la de alguém ou obrigar alguém (escravos, servos, etc.) a criá-la e entregá-la a seus donos.

Somente com a Revolução Industrial alguns homens conseguiram tornar possível a criação de novas formas de riqueza (como máquinas e minas de carvão) por meio de seus próprios esforços.

Durante o século 19 representantes da velha ética aristocrática tratavam os novos líderes nos negócios com desprezo, pois era normal um comerciante aumentar seu débito e depois fugir. Ou seja, havia caloteiros por toda a classe empresarial no Brasil.

A falta de pagamento de débitos era vista como um ato imoral e, em algumas cidades, isso passou a ser punido publicamente. Muitas feiras livres e mercados dispunham de um “pelourinho” e uma “carreta” – tipo de cadeira usada para amarrar as pessoas e golpeá-las – a fim de punir os devedores.

O propósito não era apenas vingar-se e infligir dor àqueles de reputação duvidosa, mas havia um forte empenho em se fazer da punição um espetáculo público e, dos empresários, um exemplo negativo.

Dessa forma, o governo reafirmava sua virtude econômica, expunha os defeitos morais do empresariado à censura pública e “vendia” à população uma imagem que jamais correspondeu à realidade – incorruptível.

Sendo assim, a imagem dos empresários brasileiros – proposta pelo governo através dos meios de comunicação – invadiu o nosso ambiente visual e o executivo que emerge destas imagens ostenta boa saúde física, mental e uma completa ausência de responsabilidades sobre o seu negócio.

Em função disso, é muito comum as pessoas associarem a figura do empresário à riqueza, à vida fácil, à corrupção e às falcatruas.

Mas o autêntico executivo não vive de imagens semianimadas, feiticismo ou ninfas, pois, na verdade, os empresários brasileiros enfrentam a maior carga tributária do mundo e por causa disso são obrigados a “matar um dragão” todos os dias de suas vidas.

Sendo assim, o empresário deve tentar diminuir o impacto negativo da sua figura, começando por projetar uma imagem profissional sustentada pelos exemplos dos empresários éticos.

Hoje, a empresa precisa saber o que ela representa e de acordo com que princípios ela irá opera. O comportamento organizacional baseado em valores deixou de ser uma opção filosófica e se transformou num requisito fundamental para sobrevivência das organizações.

Ou seja, responsabilidade, determinação, magnetismo, humildade, naturalidade, competências emocionais e disponibilidade para ouvir seus empregados.

Serão estes os atributos que farão parte da marca de executivo ético de sucesso. Portanto, o empresário deve afastar-se da ideia de ganhar poder no escritório, inclinando-se para trás ou rodando na cadeira quando está ouvindo um funcionário.

Ele deve construir uma imagem de credibilidade recorrendo diariamente ao espelho de corpo inteiro, vestindo-se sem exageros para o sucesso e vendo a si mesmo profissionalizar-se.

Deve arrumar sua área de trabalho, refletindo nela a sua imagem de marca. Colocar diariamente um ar acessível e se dedicar a atitudes positivas como a escuta ativa e o aconselhamento pessoal às pessoas da sua empresa.

Assim que ele – empresário – formar uma imagem clara da sua missão e de seus valores, a empresa passa a ter uma sólida base para avaliar suas práticas de administração e harmonizá-las com a missão e os valores que ele definiu.

https://www.instagram.com/profigestao/

Julio Cesar S Santos
Professor JULIOhttps://profigestaoblog.wordpress.com/
Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial, especialista em Marketing Estratégico

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