Passou! Se foi! Não existe mais!
Ao som de Mozart e por detrás da vida,
Tudo passa igual uma sonata e sua nota finda -se!
Viver é notório entre os humanos, passar se situar, e continuar, são premissas da estória, combustível à memória, em sinuosos conceitos de nossas vidas.
Entre os cantos e voos incontáveis e incontestes, o último é tão notável e inquestionável quanto o primeiro. A última nota, a primeira música, o primeiro choro, o último sorriso.
O mundo dura tão pouco, o homem ama tão curto, que nem dá tempo.
As faces se transformam em segundos, da ira para o sorriso, é um tiro curto.
A Vida é Efêmera, ou seja; a efemeridade é vivida.
Como uma música e de forma clássica, o ontem deixou de ser, o hoje passou a ser,
O tempo apregoa a vida, o mesmo que a batuta, a vida toca, os sons se misturam formando uma única forma de senti-la.
O tempo é um remédio amargo para alguns e tão suave para outros,
Que nem mesmo quem o vive, se apercebe de sua excentricidade, Um raio de vida! Um estalo na existência, e o que está não estará e o que nunca esteve, se fará sentir.
Há quem nos deixe sem nunca nos deixar, e há quem esteve, sem nunca ter estado. São os dois lados de uma mesma moeda, ás vezes é cara com cara de coroa, ou ainda, coroa, sempre com a mesma cara.
Como o dia, o minuto, as águas que correm e sangue que percorre ás veias, tão importantes artérias, como avenidas que nos separam de um lugar de outro, às vezes, nos unem, apenas sequenciando os caminhos da vida, como rios que se desaguam e ao mesmo instante, se encontram.
Como rimas e ritmos de uma melodia, como ponteiros de um relógio, é o som, são palavras, tudo dentro de uma sintonia, comandados pela batuta, do senhor tempo.
Há quem nasceu, sem ainda ter nascido, e há quem morreu, sem nunca ter morrido, assim é a vida, a efêmera cápsula em que entramos no decorrer dos anos, sem perceber o tempo. Quando saímos, o mundo é outro, o sentido é outro, os sentir é outro, só as pessoas são as mesmas. Por isso, apesar do tempo, nem sempre o mundo será novo.
O outro sempre será o outro, ainda que se busque compreendê-lo! Há coisas difíceis de entender, o que não dizer, amá-lo? Entre o entardecer e o amanhecer, há uma revolução intensa, há uma movimentação imensa, no afã de compreender a vida. Muitos choram, tantos outros riem, apesar disso tudo, os que vivem em seus próprios mundos, poucos ouvem seus gemidos escondidos na alma, em contra partida, há quem pulou de alegria, impulsivos e indoutos, ainda que por um pouco, eles sorriem para a vida, como uma criança em sua primeira aparição neste mundo após o choro premente da existência imatura.
A vida é tão cheia de efemeridades, que ainda estando vivendo, já começo a sentir saudades! saudades do que ainda não passou, como um sonho em meio a realidades.
A vida canta para alguns e pranta para outros, há quem sempre a culpe, mas ela não tem voz para fazer sua própria defesa. Como a vida é subestimada, julgada e condenada, apesar de não ter ela, cometido os erros? Isso também passará, como um nuvem de fumaça. Se a vida tivesse voz e pudesse ser ouvida, em muitos ouvidos falaria: Viva-me! Antes que acabe! Sinta-a, antes que apague, pois como uma peça, os atos vão se completando, porém, há quem deixou de vivê-la, antes do último ato.
Para terminar, tudo é tão rápido, que até a rapidez se perde em meio ao tempo.
Vá em frente! caminhar intermitente, ainda é caminhar á algum lugar. Parar não é coisa própria do tempo, porque, o tempo não para, o que para são ás intenções, às proposições e os sonhos.
A Vida é efêmera! Acabou meu tempo! Fui!