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sábado, 20 de abril de 2024

COVID- mensagem para o amor

O mal também trabalha ?
Sim.
Um vírus que surgiu e conseguiu unir o mundo todo.
Nunca se viu tanta utilização da empatia como depois do aparecimento dele.
Pessoas se agregando em prol de desconhecidos se preocupando com o seu bem estar, profissionais da área da saúde se desdobrando abrindo oportunidades de vagas para estágios e voluntários. Pessoas anônimas que mesmo estando dentro de grupos de riscos , idade avançada, doenças como diabetes, dificuldade motora se superando organizando mutirões para ajudar. Redes sociais utilizadas como pontes de apoio, pessoas se reinventando se superando para conseguirem  sobreviver, encontrando dentro de si aptidões que nem desconfiavam que tinham. Empresas se unindo para ensinarem como fazer aberturas de sites.
Quem podia imaginar que o mundo se uniria dessa forma?  O mal também trabalha sim, depende da maneira que é conduzido.
Crianças se conscientizando da utilização das medidas de segurança dando exemplo até para alguns adultos descomprometidos.
É difícil quem não conheceu alguém que infelizmente contraiu essa doença.
Para aqueles que contraíram, o desespero, a luta para superar os sintomas tão intensos.
Para aqueles que se foram, a dor de não poder ter uma despedida digna, caixões lacrados, sem velórios. Os familiares sem nem poder e nem receber um abraço, pois o medo do contágio está no ar.
A dor é um mal necessário como alerta para que algo seja cuidado, a saúde, um relacionamento, o mundo.
O mundo parou diante da dor, do mal que este vírus causou, mas dificilmente o ser humano será o mesmo, o medo, a impotência diante do desconhecido, de olhar para o outro se sentindo uma ameaça e sendo ameaçado por ele, o contágio vindo de onde se menos espera.
Famílias com sequelas desse vírus que provocou doença, dor, separações, impotência e uma aflição de ter que aceitar algo tão forte e desconhecido entrando nas nossas vidas.
O mal ainda está trabalhando com a continuação da existência desse vírus, mas o que as pessoas não sabem que aquele que está sobrevivendo a ele está expurgando de dentro de si sentimentos que não gostava como egoísmo, soberba, percebendo que tudo que viveu em decorrência da doença o outro também viveu.
Esse vírus foi um divisor de águas para uma autocrítica consciente, a vida é minha, ninguém tem nada com isso, faço o que eu quero com ela, mas se eu me contaminar, contamino aquele que mais amo e posso perdê-lo para sempre. Quando a contaminação é em virtude do trabalho em ambiente insalubre, mesmo cumprindo com todos os cuidados ainda assim o contágio existiu… mas quando é proveniente de deboches, de se achar imune, superior é inconcebível.

Autora:

Teresa Armando Elios da Silva

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