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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

“… SEJA DEUS VERDADEIRO E TODO O HOMEM MENTIROSO”.

Por: Telles dos Santos.

“… mentiras de homens vs. verdades de deus”.


4 De modo algum! Confirma-se, pelo contrário, que Deus é veraz, enquanto todo homem é mentiroso (Epístola aos Romanos, Capítulo 3) Bíblia de Jerusalém.
Interpretação de texto - O conto da Mentira - 5º ano - Hora de Colorir -  Atividades escolares

Semelhante: significados; aproximado, aparentado, análogo, similar, afim, semelhante, igual, comparado, conforme, correlativo, correlato, correspondente, equivalente, gêmeo, idêntico, imitante, paralelo, parente, próximo, símil, símile, vizinho.

Como muitos equivocadamente supõem, pecado não é algo específico e único de nosso mundo habitado. O seu criador, o diabo; já havia se incumbido de cria-lo, antes da fundação do mundo, mesmo porque; quando foi expulso do céu juntamente com uma terça parte dos anjos que os seguiram, um dos erros crassos por ele cometidos foi “serei semelhante” ao Altíssimo! Numa desventura inconcebível.

Com a chegada dos dias da criação, onde Deus deu vazão à toda sua capacidade criativa, elucidativa e fabulosa, em meio aos atos formosos de Deus, se deu; uma atitude vacilante, claudicante e inóspita, ou seja; “Foi assim que Deus disse?” Esta frase perpetrou o coração humano e se perpetuou, na humanidade. Com isto, e em consequência disto, passamos a viver em uma sociedade “Pinóquiotizada”, ou seja; o homem passou a perpetuar o ato de mentir.

A mentira, certamente tem perna curta em sua permanência, mas possui longas pernas em sua propagação e continuidade. Mesmo porque;  o homem se encontra destituído da glória de Deus, e uma das mais nítidas evidências em relação ao que estamos tratando, é a sua capacidade de mentir e criar, atestar; mensurar, se ancorar, pontuar; aquilo que de fato, não existe! Ainda, que a mentira, em não poucos casos, se pareça muito com a verdade.

Nem toda mentira é fruto de um ato consciente, pois nosso inconsciente, pode perfeitamente, nos enganar, envolvendo-nos, naquilo que a Psicologia denomina como “atos falhos”. Neste interim, o homem em seu transcorrer sociológico, em suas criações filosóficas, em suas construções do “saber” muitas vezes não sabe, que; como escreve o Doutor Martin Lloyd Jones, “Sincero, mas errado” muitos dos atores, que serão mencionados, sem nenhuma dúvida, foram sinceros em seus pensamentos, em suas elucubrações, e em suas teorias, porém; a história nos mostra, que uma pessoa, uma teoria, pode ter sido criada com grande sentir de sinceridade, contudo, tanto a teoria, como o seu autor, podem estar sinceramente enganados! Citaremos a seguir, alguns exemplos.

“O ser humano é naturalmente bom, a sociedade é que o corrompe” (Jean Jacques Rousseau – 1712-1778).  Este Filósofo Social, Escritor e Teórico Político, foi um dos principais expoentes do Iluminismo. Conquanto, sua capacidade teórica, se constitua em algo inegável; seu pensamento em relação à natureza do ser humano vai na contramão, daquilo que a Palavra de Deus nos ensina, isto é; se confrontada com a Palavra de Deus, ela tem perna curta, isto é; uma falácia Pinoquial ! Se compreendermos o homem, antes de sua queda, ele realmente, era naturalmente bom! Porque, “e viu Deus, tudo o que havia feito, e viu que era muito bom!” Todavia, assim como o pecado causou um estrago no céu, também; o pecado causou e continua causando, grandes estragos aqui na terra, pois; não foi a sociedade que corrompeu o homem primariamente, mas sim; o pecado que tão de perto nos rodeia, mesmo porque, “todos pecamos”, eu pequei, você pecou, e todos os que nascerem de mulher, continuarão pecando. Porque, todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Portanto, essa é uma mentira clássica!.

“O Melhor é Levar Vantagem Em Tudo” (Gérson – ex. Jogador de Futebol). Campanha Publicitária de uma Marca de Cigarros.

Dizem alguns, que a propaganda é a alma do negócio, em muitos casos, ela realmente poderá ser, porém; em outros; não! O Ex- jogador Gérson, também chamado de o “Canhotinha de ouro”, é um exemplo clássico do que estamos dizendo, e/ou querendo dizer, em uma propaganda de cigarros, ele dizia: “O Melhor é levar vantagem em tudo”. Infelizmente, vivemos em um país, conhecido internacionalmente, como: o país do “jeitinho”, aqui, como em nenhum país do mundo, se dá um “jeitinho” em tudo, até fazer com que a mentira, se pareça, o mais perfeitamente possível com a verdade. É verdade, que o “jeitinho” quando visto pelo viés positivo, representa a capacidade criativa do brasileiro, em arrumar formas criativas de criar novas possibilidades, no entanto; no caso em questão, deu-se à isto, o nome de “A Lei de Gérson”. O que dizer, quando se confronta, a “Lei de Gérson” com a Lei de Deus? Simplesmente, ela rui! “… 8 Finalmente, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso ou que de qualquer modo mereça louvor. 9 O que aprendestes e herdastes, o que ouvistes e observastes em mim, isso praticai”. (Epístola aos Filipenses, capítulo 4) Bíblia de Jerusalém. Penso que esta passagem é suficiente! “É preciso dizer, que em entrevistas posteriores, o ex. jogador diz que, esta fala não representa o seu pensamento”.

“A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS. VOX POPULI X VOX DEI”.

A próxima mentira, que em muitos casos passa como verdade, se coaduna ás falácias do senso comum. Hoje; vivemos por um lado, uma “diabolização” do comunismo e um “endeusamento” da Democracia. É preciso defender a “deusacracia” (democracia) a qualquer custo! Como se ela, fosse à solução de todos os nossos problemas. Ledo engano! Nosso objetivo aqui, não é discutir política, mas sim; emaranharmo-nos no sentido de que; “A Vox Populi” (A voz do povo), nunca foi a “Vox Dei” (A voz de Deus).

A mentira incutida e propagada, a qual; muitos falam e repassam, sem ao menos perceber, é: “A voz do povo, nunca foi e nem jamais será, a voz de Deus”. O povo diz: “A ocasião faz o ladrão” Deus responde: Não furtarás. O povo diz: “O importante é ter uma religião” enquanto, isto; Deus responde: “Eu Sou” não é uma religião, mas sim; a expressão da vontade de Deus, em seres perdidos, que precisam nascer duas vezes, para poder viver para a glória de Deus!”.  Os vossos pensamentos não são os meus pensamentos e nem os meus caminhos os vossos caminhos. A voz do povo é a voz de Deus? Evidentemente, não!

A “TEOLOGIA DA PROSPERIDADE”. Uma “Teologia” que “prosperou?!”.

De acordo com Hanegraaf (1998; p, 27-36) as raízes da Teologia da Prosperidade ou “Confissão de Fé” estão ligadas ao pastor, willian Kenyon, este; tendo passado e atuado como pastor, em igrejas, Metodistas e Pentecostais. Ficando posteriormente desligado de qualquer igreja. Onde, se dedicou à propagação, daquilo que denominou como: “Confissão Positiva”. Posteriormente, nomes como: Valnice Milhomes e Kenneth Hagin, e mais recentemente; Edir Macedo e R.R. Soares, como seus principais proponentes. No entanto, você pode estar se perguntando: -_ o que é a Teologia da Prosperidade? Confissão Positiva, ou Teologia da Prosperidade, nada mais é; do que, “se refere literalmente trazer à existência, aquilo que se professa com a boca”. Surgiu na década de 40, se fortalecendo principalmente, nas décadas de 70-80. Sua consistência se baseia principalmente, em três pilares: Cura, prosperidade e poder da fé. Conquanto, a Palavra de Deus se refira à estas três esferas da vida, o sentido que a ela se deu, a forma como a isto, interpretou e à medida, a que a ela, se desvendou é que não postulamos a Teologia da Prosperidade como uma Teologia com pressupostos bíblicos. Como por exemplo: atribuir ao sentido de fidelidade à Deus, a não possibilidade de o crente cair em enfermidade, além de que; associar o sucesso de uma relação com Deus, à necessidade de se obter bens materiais.

Hagin enfrentou pobreza e enfermidades durante a juventude, e ao ler o evangelho de Marcos 11:23-4, afirmou ter recebido uma revelação de Deus. E a partir dessa vivência passou a afirmar que do criador é possível receber tudo, cabe
ao fiel proferir seu pedido em voz alta, contrariando qualquer evidência. O apóstolo Paulo, afirma em sua Carta aos Filipenses, que Deus há de suprir todas às nossas necessidades em Cristo Jesus, mas; daí dizer que o filho de Deus, uma vez adoecido ou empobrecido, é fruto da ausência de fé e a presença do pecado, como afirmam, os defensores desta teoria teológica, é dar vazão à muita imaginação! Não há, nenhum respaldo Bíblico para tais conclusões ou afirmações. Jesus, enquanto filho de Maria e José, era filho de um carpinteiro, os apóstolos; em sua maioria provinham das classes mais baixas da sociedade em que viviam. Será que eles também, não possuíam fé? Ou estavam envoltos em uma vida cheia de pecados?

Interpretação de texto - O conto da Mentira - 5º ano - Hora de Colorir -  Atividades escolares

Estamos diante da fabricação de uma nova face do divino, de um novo padrão de culto e de
um novo tipo de religiosidade, combina imagem eletrônica, entretenimento e consumo. Com a
televisão, a experiência mística pode se converter em entretenimento e em objeto de desejo.
Trata-se de uma forma de obscenidade (BUCCI, 2001). Não estamos e nem desejamos julgar quem quer que seja, mas uma coisa é certa: “Vede, isto tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções.” (Eclesiastes 7:29).

 


Claudinei Telles
Telles
O autor é Mestrando em Ciências Educacionais (UNIVERSIDADE LEONARDO DAVINCI - PY). Bacharel em Teologia. (Faculdade Teológica Sul americana - FTSA). Licenciado em: Filosofia, Teologia, História e Pedagogia. E especialista em: Orientação Educacional, Teologia Bíblica, Ciência da Religião e Neuropsicopedagogia. Atuou por alguns anos, no Ministério Pastoral, Ensino de Teologia e Educação secular, nos níveis Fundamental e Médio.

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